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Construtoras se unem para atender a mercado popular

Por Agencia Estado
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As maiores construtoras e incorporadoras do mercado já traçam estratégias com o objetivo de aumentar a competição no mercado para criar produtos mais acessíveis à população. Desde meados de 2006, essas empresas realizam parcerias e joint ventures com o objetivo de ampliar investimentos na área. Com a abertura de capital em 2005 e os recursos que entraram em caixa, a incorporadora líder do mercado, a Cyrela Brazil Realty, que se consolidou em empreendimentos de alto padrão, partiu para uma linha de crescimento que envolve investimento pesado na produção para o perfil econômico. "Nosso primeiro passo foi a joint venture realizada ano passado com a Plano & Plano", afirma diretor de novos negócios da empresa, Antônio Guedes. Desde abril de 2006, a Cyrela possui 79% das cotas da Plano & Plano - especializada em lançamentos populares. O objetivo da Cyrela é, além de ampliar o crescimento da empresa, absorver o know-how já adquirido pela Plano & Plano. Juntas, as construtoras lançaram um empreendimento em Guarulhos, na Grande São Paulo, com 70% das unidades vendidas, e outro na região da Avenida Águas Espraiadas, na zona sul de São Paulo, com 90% dos apartamentos vendidos em 60 dias. Além disso, a empresa lançou recentemente a marca Living - uma forma de diferenciar os produtos voltados às classes média e baixa e ampliar sua atuação. Para Guedes, essa estratégia não surgiu para atender apenas a uma demanda de momento. "Estamos pensando a longo prazo." Há menos de um mês, a Gafisa e a Odebrecht também moveram suas peças a fim de concorrer mais agressivamente no setor de baixa renda. Realizaram uma joint venture com o objetivo de oferecer projetos residenciais voltados para famílias com rendimento mensal de até sete salários mínimos, que devem efetuar a compra por meio de crédito. Paralelamente, as duas empresas declararam ter criado grupos de estudo com o objetivo de montar projetos para atuar também no segmento de classe média. A Odebrecht deve oferecer produtos nas faixas de R$ 120 mil a R$ 150 mil. Pequena Há ainda o caso de incorporadoras pequenas que pretendem pegar carona no crescimento do setor e na corrida pelo crédito imobiliário. A Patrimônio lançou um residencial em que a própria empresa financia a compra da casa. O programa de comercialização, batizado de 'Smile', além de oferecer unidades de área útil grande a preços acessíveis, terá pagamento facilitado em 120 prestações ou mais. "Os imóveis do tipo Smile apresentam características até agora inexistentes no mercado para a faixa de consumidores que procuramos", afirma o diretor da Patrimônio, Jorge Yamaniski Filho. O carro-chefe da marca, o condomínio Village São Bernardo, conta com 180 unidades de 54 a 116 metros quadrados, que custam de R$ 93 mil a R$ 177 mil.

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