Com liquidez mais enxuta, devido ao feriado nos EUA, e sem grandes novidades sobre a PEC dos Precatórios, os ativos brasileiros tiveram um pregão de ajuste positivo ante a deterioração recente. O Ibovespa fechou em alta de 1,24%, aos 105.811,25 pontos, e o dólar à vista recuou 0,53%, encerrando o pregão cotado a R$ 5,5650.
Segue no radar dos investidores a possibilidade de uma solução para o Auxílio Brasil, via mudança no teto de gastos, na próxima semana. Além disso, mesmo após o IPCA-15 levemente acima da mediana prevista, apostas na aceleração do ritmo de alta da Selic perderam força, o que também dá sua contribuição para a tomada de risco.
No caso específico da Bolsa, a alta das ações da Petrobras, diante das boas perspectivas de dividendos apresentadas pela estatal, e a valorização dos bancos impulsionaram o índice. Assim, em dia de ganhos para as bolsas europeias, o Ibovespa engatou o terceiro pregão seguido de alta. Nessas sessões, acumulou avanço de 3,61%.
Os mesmos fatores macro direcionaram o câmbio doméstico em um dia em que o índice DXY - que mede a moeda americana ante outras moedas fortes - do dólar caiu. Este é o segundo pregão seguido em que o dólar terminou em queda.
Já na renda fixa, a queda das taxas perdeu força nos minutos finais de negócios, mas nada que atrapalhasse a leitura de que o Banco Central, mesmo depois do IPCA-15, deve manter o ritmo de ajuste da Selic em 1,5 ponto porcentual, especialmente após declarações do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, consideradas dovish (amenas). Lá fora, com todos os mercados dos EUA fechados devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, o petróleo teve leve queda, aguardando sinais da Opep sobre oferta da commodity.