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Redução de perdas no mercado externo ajuda Bolsa a subir 1,24%

Investidores se preocupam com inflação, guerra e pandemia; dólar tem leve queda

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Por Redação
Atualização:

Esta quinta-feira, 12, foi mais um dia em que os ativos domésticos foram influenciados pelo humor externo, que anda cada vez mais volátil. Depois de cederem até 2% no meio da tarde, as Bolsas de Nova York reduziram as perdas na hora final da sessão, o que acabou ajudando o Ibovespa a superar a marca de 105 mil pontos. 

O pano de fundo ainda é o de enxugamento de liquidez e reprecificação de ativos em um cenário de taxas de juros mais altas. Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez, cita como fatores que levam ao risco de aversão a inflação na Europa e nos Estados Unidos, incertezas sobre a atividade na China em meio à política de tolerância zero para a covid, o anúncio da Rússia sobre a interrupção de fornecimento de gás via Polônia e a venda muito grande em criptomoedas.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/ Estadão

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Depois de tantas perdas - Nasdaq, por exemplo, recua mais de 8% só em maio -, o espaço para a recuperação de algum fôlego veio de pechinchas em alguns papéis. Ao fim, o Nasdaq subiu 0,06%. O S&P 500 cedeu 0,13% e o Dow Jones, 0,33%. No Brasil, o impulso deste final de sessão levou ao fechamento da B3 em 105.687,64 pontos, alta de 1,24%. No ano, o índice voltou a apontar ganho (+0,83%), ainda que discreto. Varejistas, em especial Magazine Luiza (+6,36%), lideraram o movimento. 

No câmbio, a entrada de recursos para a Bolsa ajudou a segurar o real em alta ante o dólar em boa parte da sessão, mas a moeda brasileira acabou cedendo em alguns momentos à pressão externa da americana. O dólar à vista terminou em R$ 5,1405, queda de 0,08%. O DXY, que mede o dólar ante seis pares fortes, tocou a máxima em 20 anos, impulsionado ainda por sinalizações do Federal Reserve quanto ao ajuste monetário. 

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