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Coteminas negocia compra de fábrica na China

Por Agencia Estado
Atualização:

A Coteminas, maior grupo têxtil brasileiro, está negociando a compra de uma fábrica na China. Depois de olhar empresas no Egito, na Índia e no Paquistão, a Coteminas resolveu dar prioridade à China para aproveitar o forte crescimento do consumo no país e para facilitar as exportações, principalmente para o Japão. "Se queremos atuar com uma pretensão global temos de estar presentes na China", disse Josué Alencar, presidente da Coteminas. O que não falta à Coteminas são ambições globais. A empresa começou a se internacionalizar em 2000, quando comprou uma fábrica de fios na cidade argentina de La Banda, por US$ 20 milhões. Em seguida, o grupo investiu em fábricas e centros de distribuição no México, EUA e no Canadá. O grande passo para se tornar uma multinacional foi dado em 2005. No final do ano passado, a Coteminas fez uma fusão com a americana Springs Global e se tornou responsável por 20% do mercado mundial de cama, mesa e banho. Hoje, a Coteminas está à frente de um grupo internacional com 25 mil funcionários, 36 fábricas e faturamento de US$ 2,4 bilhões. Mais de 80% das receitas do grupo vem do exterior. Marcas americanas Os novos planos da Coteminas também são de crescer fora do Brasil, a começar pela China. Alencar disse que avalia "algumas" empresas para fechar a compra de uma fábrica na China. "Eles já tem 300 milhões de consumidores e o comércio está crescendo nos moldes das grandes redes ocidentais", disse Alencar. "Eles têm uma grande cobrança para ter marcas ocidentais nas lojas." A Coteminas pretende colocar nas lojas chinesas algumas das marcas de produtos de cama, mesa e banho que o grupo tem nos Estados Unidos, como a própria Springs, Wamsutta, Court of Versailles e Bali. Além disso, a China deve servir como base de exportação dos produtos da Coteminas para o Japão. Alencar não revela o valor do investimento. Mas, segundo estimativas de mercado, o grupo gastaria cerca de US$ 200 milhões na compra da fábrica na China. No ano passado, só as receitas da Coteminas - sem incluir a Springs - somaram US$ 580 milhões.

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