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Crédito faz lucro do ABN subir 22% no 1º semestre

Por Agencia Estado
Atualização:

O ABN Amro Brasil encerrou o primeiro semestre do ano com lucro líquido de R$ 686 milhões, o que significa crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2005. O resultado foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, de 30,9% em 12 meses, para R$ 43,353 bilhões. Somada ao volume de R$ 6,040 bilhões de avais e finanças, a carteira totalizou R$ 49,393 bilhões, a terceira maior do mercado. Segundo o ABN, o lucro de R$ 686 milhões já considera a perda relativa à variação cambial. O impacto da oscilação da moeda sobre a estrutura de proteção cambial do capital do banco gerou um resultado negativo de R$ 119 milhões no semestre. Sem considerar o impacto da variação do câmbio, o lucro líquido recorrente da instituição alcançou R$ 830 milhões no primeiro semestre do ano, contra R$ 680 milhões recorrentes de igual período de 2005. Tal resultado corresponde a um retorno sobre o patrimônio líquido de 19,7%, acima dos 16,9% do ano passado. A carteira de crédito para pessoa física alcançou R$ 19,739 bilhões, um crescimento de 25,7% em 12 meses, impulsionada pelo financiamento ao consumidor, aquisição de veículos e operações de cartões de crédito. No mercado de financiamento de veículos, o banco atingiu participação de mercado de 16,4%. A carteira de financiamento imobiliário alcançou fatia de 5,5%, sendo o crescimento de 27,4% em 12 meses, para R$ 1,725 bilhão. As operações destinadas ao financiamento de pequenas empresas alcançaram R$ 9,188 bilhões, um crescimento de 43,7% quando comparada com a carteira de junho de 2005. O portfólio corporativo, voltado a médias e grandes companhias, ficou em R$ 12,701 bilhões, subindo 26,8% devido a uma maior oferta de produtos de financiamento denominados em reais. Com o objetivo de permitir a absorção do maior nível de inadimplência, o ABN aumentou as provisões para créditos de liquidação duvidosa para R$ 2,246 bilhões ao final do semestre, contra R$ 1,607 bilhão no mesmo período de 2005, uma alta de 40%. Os créditos classificados de 'AA' a 'C' representaram 92,05% do total da carteira em junho de 2006, comparado com 93,48% em junho de 2005. As operações classificadas de 'D' a 'H' representaram passaram de 6,52% para 7,95%. Os resultados da intermediação financeira e receitas de prestação de serviços somaram R$ 6,028 bilhões no semestre, com expansão de 20,7%. Após as despesas de provisão, o aumento das receitas foi de 13%, alinhado com o crescimento da carteira de varejo para pessoa física e pequenas empresas e do avanço da financeira. As receitas com operações de crédito e arrendamento mercantil aumentaram 30% em relação ao primeiro semestre de 2005, alcançando a marca de R$ 5,756 bilhões. Esse desempenho decorre da evolução da carteira e compensa os efeitos da redução da taxa de juros sobre o resultado de empréstimos bancários. As despesas de intermediação financeira cresceram 60,5%, devido principalmente à expansão do volume de recursos captados para financiar o crescimento dos negócios de crédito. De junho de 2005 até o mesmo mês deste ano foram captados R$ 11,811 bilhões em novos depósitos à vista, poupança e a prazo, um incremento de 31,9% em 12 meses. As despesas de pessoal e administrativas subiram 15,3% do semestre, ampliada por investimentos na terceirização de tecnologia, que somaram R$ 165 milhões (ou R$ 110 milhões líquido de impostos). Excluídos estes custos, as despesas de pessoal e administrativa apresentaram um crescimento de 8,6%, em linha com os aumentos de serviços e dissídio do setor. A terceirização de operações de tecnologia faz parte da iniciativa global do Grupo ABN Amro na realização de sinergias de despesas de 900 milhões de euros, até 2008, em âmbito mundial. O índice de eficiência do ABN Amro Brasil atingiu 51,5% no semestre, uma redução de 370 pontos base em relação ao registrado no mesmo período de 2005. O melhor índice de eficiência decorre, principalmente, da expansão da atividade de crédito e da receita de serviços. Em 2005 o banco lançou a Campanha Conexão Real para a aquisição de novas contas correntes, que ao longo deste ano começou a gerar receitas. A instituição fechou o semestre com ativos totais consolidados de R$ 88,011 bilhões, com expansão de 26%. O patrimônio líquido do ABN Amro Brasil atingiu R$ 8,721 bilhões, uma elevação de 4,9%. O índice de solvabilidade (Basiléia) era de 14,4% no final de junho de 2006, contra 17,5% no mesmo mês do ano passado, resultado de uma maior alavancagem e otimização do capital alocado.

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