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CSN: assembléia da Wheeling-Pittsburgh deve ser em janeiro de 2007

Por Agencia Estado
Atualização:

O acordo de fusão entre a subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional nos Estados Unidos (CSN LLC) e a Wheeling-Pittsburgh Corporation vai criar "uma siderúrgica forte, bem capitalizada e com estrutura de custo mais flexível, que oferecerá uma linha mais ampla de produtos de alto valor agregado, acesso aos produtos e processos de tecnologia da CSN e um significativo potencial de ganhos a longo prazo", segundo comunicado divulgado pela siderúrgica brasileira esta manhã. A expectativa é de que seja realizada assembléia de acionistas da Wheeling em janeiro de 2007 para votar o acordo de fusão com a CSN LLC. A Wheeling e as operações da subsidiária norte-americana da CSN em Terre Haute, Indiana, serão "totalmente integralizadas como subsidiárias de uma nova holding que pretende se listar em uma bolsa norte-americana", conforme o comunicado. Os atuais acionistas da Wheeling vão receber 50,5% da nova empresa e a CSN ficará com os 49,5% restantes. A CSN vai participar com US$ 225 milhões em dinheiro por meio da emissão de título de dívida conversível. O título poderá ser convertido em ações em três anos. Se for feita a conversão, a parcela da CSN na nova empresa será de 64%. Do total de US$ 225 milhões, US$ 150 milhões serão destinados à melhoria e expansão de ativos, sendo US$ 75 milhões para construção de novo forno com para aumentar a capacidade do laminador a quente da Wheeling em 4 milhões de toneladas e US$ 75 milhões para adicionar uma segunda linha de galvanização na unidade e Terre Haute. Os outros US$ 75 milhões restantes irão compor o capital de giro da nova empresa. De acordo com o comunicado, a CSN LLC concederá à Wheeling o direito exclusivo de distribuir seus produtos de aços planos nos Estados Unidos e no Canadá, com o compromisso de suprir a empresa com placas durante dez anos. Ainda segundo o comunicado, a CSN "contribuirá com seus equipamentos modernos de processamento de aço em Terre Haute, Indiana, com capacidade anual de 1 milhão de toneladas de decapados, laminados a frio e galvanizados". Em nota, o diretor executivo de infra-estrutura e energia da CSN, Marcos Lutz, disse que "a fusão combinará os ativos modernos da CSN na América do Norte e o fornecimento de placa e expertise de sua administração, com a capacidade de produção da Wheeling-Pittsburgh para beneficiar todos os interessados da América do Norte: acionistas, empregados, consumidores e as comunidades da qual fazemos parte". Segundo o executivo, será criada uma cadeia integrada de produção e valor agregado com custo mais flexível, mais oferta de produtos de alto valor e aumento de ganhos. Na nota divulgada pela CSN, James G. Bradley, presidente e CEO da Wheeling-Pittsburgh, disse estar confiante de que "o acordo posiciona a Wheeling-Pittsburgh a apresentar tanto um ganho sustentável como um fluxo de caixa sólido no futuro. A CSN é uma siderúrgica de classe mundial, totalmente integrada, com margens impressionantes e um invejável fluxo de caixa". A CSN informou que o "acordo marca o ponto mais alto de um processo extensivo da Wheeling-Pittsburgh envolvendo um número de potenciais pretendentes, assim como o sindicato dos trabalhadores". Segundo acordo fechado em setembro, o sindicato poderia "submeter uma oferta ou passar seu direito para uma pessoa designada" até 15 de outubro deste ano. O prazo expirou sem que a oferta ou a designação fossem feitas.

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