Publicidade

Dado de refinarias alivia preocupação e petróleo recua

Por Agencia Estado
Atualização:

Os contratos futuros de petróleo operam em queda marginal no início da tarde, reagindo à baixa menor do que a esperada nos níveis de gasolina estocados nos Estados Unidos e à acentuada recuperação nas operações das refinarias norte-americanas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do petróleo para junho cedia 0,59%, para US$ 72,40 por barril. O contrato de gasolina para junho operava estável, a US$ 2,1290 por galão (que equivale a 3,785 litros). Segundo relatório do Departamento de Energia, os estoques de gasolina caíram 1,9 milhão de barris, ante previsão de queda de 2,4 milhões de barris. A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 87,1% para 88,2% na semana passada. A taxa de utilização é a mais elevada desde o início de janeiro, indicando que as refinarias estão encerrando o processo de manutenção sazonal. Com as operações voltando à normalidade e o aumento da importação da gasolina, o estoque do produto caiu menos do que se esperava. A queda dos estoques de gasolina refletiu a liberação da gasolina aditivada com MTBE (um tipo de éter sintético altamente poluente) . Os estoques da gasolina convencional subiram 1,6 milhão de barris. Segundo o presidente da empresa de aconselhamento da Cameron Hanover, Peter Beutel, a melhora das taxas das refinarias foi o aspecto mais "bearish" - negativo - do levantamento. "Significa que teremos mais gasolina e derivados e, provavelmente, acabará essa fase de grandes diminuições nos estoques de gasolina", ponderou. Mas outras cartas que têm sustentado a alta do petróleo permanecem em jogo. O mercado deve se voltar às tensões geopolíticas em torno do Irã e o potencial impacto no abastecimento de petróleo de uma eventual crise envolvendo o país e o Ocidente. Na sexta-feira, vence o prazo para que o Irã interrompa seu processo de enriquecimento de urânio. A demanda, por sua, vez, segue robusta. A China divulgou que suas importações de petróleo cresceram 3,01 milhões de barris em março, ou 11% ante o mesmo mês de 2005. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.