As principais bolsas de valores europeias tiveram uma quinta-feira de forte queda, com dados macroeconômicos decepcionantes e temores persistentes sobre a condição fiscal da Grécia. O índice FTSEurofirst 300, que acompanha as principais empresas do continente, caiu 1,69%, para 996 pontos, menor fechamento desde 15 de fevereiro. Foi também a maior queda diária em cerca de três semanas. Ações de energia figuraram entre as mais desvalorizadas, também pressionadas pela queda no preço do petróleo com os receios sobre a economia europeia. BP, Royal Dutch Shell, BG Group, Tullow Oil, Repsol, Total e StatoilHydro cederam entre 1,5% e 3,3%. "Creio que os dados macroeconômicos estão saindo de uma tendência positiva que vimos no mês passado e isso pesa no mercado", disse Giuseppe-Guido Amato, estrategista da Lang & Schwarz, em Frankfurt. "A situação na Grécia irá tomar o mercado. Os riscos para o mercado de ações são claramente negativos." Dados mostraram que as encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos, excluindo transportes, caíram inesperadamente em janeiro, enquanto os pedidos de auxílio desemprego subiram na semana passada, sugerindo uma perda de ritmo da retomada econômica. A Moody's afirmou que uma mudança no rating da Grécia dependerá do compromisso com o plano de reforma fiscal, e a Standard & Poor's disse que uma redução em um ou duas notas no próximo mês continua sendo possível.
Fechamentos
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,21%, a 5.278 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,48%, para 5.532 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 recuou 2,02%, para 3.640 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 2,36%, a 20.843 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou desvalorização de 1,25%, aos 10.126 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 teve baixa de 1,63%, a 7.445 pontos.
(Por Atul Prakash)
