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Depois de subir durante a manhã, Bovespa opera instável

As ações das construtoras e dos bancos são o destaque de alta, enquanto os papéis de setores defensivos, como telecomunicações e elétricas, recuam

Por Fatima Laranjeira e da Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuperou na manhã dessa terça-feira parte das perdas apresentadas nos últimos dias, acompanhando o movimento de alta dos mercados norte-americanos e europeus. No final da manhã, no entanto, o Ibovespa inverteu a tendência e passou a operar em baixa, depois de ter atingido uma alta de 0,83%. Às 13h, a queda é de 0,15% e os negócios seguem instáveis. As ações das construtoras e dos bancos são o destaque de alta, enquanto os papéis de setores defensivos, como telecomunicações e elétricas, recuam.

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Em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 operavam com ganhos de 0,93% e 0,95%, respectivamente.

"Esta manhã está sendo de recuperação técnica. Vamos ver se a Bolsa terá força até o final do dia", ressalta o analista-chefe da XP Investimentos, Rossano Oltramari, salientando que o movimento não é uma mudança de tendência, e que o tom do mercado continua demarcado pelas incertezas no âmbito externo. "É apenas recuperação das perdas recentes, buscando oportunidade de curto prazo."

As ações dos bancos são destaque entre as maiores altas do Ibovespa. Itaú Unibanco puxava os ganhos do índice, com altas de 1,88%, seguido de Itaúsa (+1,54%), Bradesco PN (+1,21%), Banco do Brasil (+1,20%). "Os bancos ensaiam uma recuperação depois de sofrer com o aperto monetário e o controle da inflação pelo governo, além da influência do noticiário ruim sobre os bancos internacionais, que possuem títulos da dívida dos países europeus", avalia Oltramari. Ele ressalta, no entanto, que a corretora acredita que é um setor atrativo no médio prazo e que as ações estão baratas.

Construtoras

As ações das construtoras também operam em alta hoje. A Rossi e a MRV, que divulgaram dados operacionais do segundo trimestre, operam em alta. Rossi ganha 1,69%, entre as maiores altas do Ibovespa, que conta também com Gafisa (+1,37%). MRV que começou o pregão em alta caía há pouco 0,72%.

De acordo com a prévia da MRV, as vendas contratadas da companhia caíram 1% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 968,5 milhões (parcela da companhia). No mesmo intervalo os lançamentos recuaram 33%, para R$ 751,1 milhões. "A base de comparação de 2010 foi muito forte, mas em relação ao início do ano foi apurada uma melhora de 16,5% nas vendas", pondera o diretor executivo de Finanças da MRV, Leonardo Corrêa.

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Já a Rossi teve lançamentos totais de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre deste ano, com alta de 37% ante igual intervalo do ano passado. A parte Rossi teve lançamentos de R$ 1,3 bilhão, recorde histórico que ficou 67% acima do segundo trimestre de 2010. As vendas contratadas totais no segundo trimestre foram de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 24% ante o mesmo período de 2010, sendo R$ 882 milhões a parte Rossi, também 24% acima. No semestre, as vendas contratadas totais somaram R$ 2,1 bilhões, alta de 23%, sendo R$ 1,7 bilhão a parte Rossi (incremento de 20%). A companhia informou que já atingiu 45% do ponto médio do guidance para 2011.

Também no setor, Brookfield sobe 0,92% e Cyrela (+1,13%).

Ainda entre as maiores altas do Ibovespa aparecem Brasil Ecodiesel (+1,41%), LLX (+1,35%).

Do lado das ações mais negociadas, as ações da Petrobrás que iniciaram o pregão em alta viraram e agora caem 0,22% (PN) e 0,36% (ON). Os contratos futuros de petróleo operam em alta de 2,30% na Nymex Eletrônica, a US$ 98,13 o barril.

Já a Vale opera com ganhos de 0,22% (PNA) e a ON está estável (+0,02%). Entre as siderúrgicas: Usiminas PNA (-1,97%), Gerdau (-1,53%), ambas entre as maiores perdas do Ibovespa. Usiminas ON cai 0,67%, CSN (-1,24%) e Metalúrgica Gerdau (-1,42%).

Entre as maiores quedas do principal índice da Bolsa aparecem BRF (-1,97%), e JBS (-1,50%).

Os papéis defensivos das empresas concessionárias de energia e telecomunicações estão entre as principais perdas do Ibovespa. Copel cai 1,63%, Telemar PN (-1.73%), a PNA (-1,53%) e a ON (-1,42%).

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Le Lis Blanc

Os papéis da Le Lis Blanc ficaram em leilão até 11h50, por conta de uma operação direta de venda de 1.640.000 ações, comandada pelo J.P.Morgan, representando 2,9% das ações ON da empresa. Há pouco, operavam em alta de 1,22%, aos R$ 19,12.

Hoje a Restoque, empresa de vestuário das lojas Le Lis Blanc e Bo.Bô, anunciou a compra de 100% da Foose Cool Jeans Ltda, da marca brasileira de jeans premium John, John Denim. A estratégia da Restoque é ampliar a distribuição dessa marca pela abertura de lojas próprias e exclusivas - até então a FCJ trabalhava com lojas multimarcas. A previsão é de inaugurar pelo menos dez lojas em 2012 da John, John, com tamanho médio de 300m2 por loja, segundo comunicado. A Restoque "acredita haver potencial para mais de 100 lojas da marca John, John no Brasil", que "dependem de estudos de mercado e discussões internas específicas, o que será informado ao mercado posteriormente."

O valor da aquisição é de R$ 29,1 milhões fixos, dos quais R$ 6,4 milhões no ato e o restante em até três anos, e outra parcela de R$ 1,9 milhão ao longo dos próximos três anos, sujeito ao atingimento de determinadas condições previstas em contrato.

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