SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 17, que está esperando apenas a União Europeia concluir suas consultas internas para definir a data da troca das respectivas propostas de acordo com o Mercosul.
Em sua fala durante a cerimônia de posse pro tempore do bloco, na cidade de Paraná, na Argentina, ela afirmou ainda que vai trabalhar para acelerar acordos de complementação econômica com Chile, Equador, Colômbia e México, "intensificando o proveitoso diálogo a ser desenvolvimento com a Corrente do Pacífico".
"Muitos diziam que o Mercosul seria incapaz de construir acordos comuns com a União. Pois fomos. Cabe agora a Bruxelas concluir suas consultas internas para definir a data da troca das respectivas propostas, uma vez que não se entrega proposta de forma unilateral", afirmou.
Dilma defendeu que é preciso transformar o bloco em um espaço em que os países possam compartilhar infraestrutura, bem como reforçar as relações comerciais e de investimentos. Entre as ações prioritárias, defendeu a integração na área de infraestrutura e discussões para "diversificar nossa produção e agregar valor".
A presidente defendeu ainda como "ponto fundamental" durante sua gestão à frente da presidência do bloco a renovação do Fundo para Convergência Estrutural e Fortalecimento do Mercosul (Focem), que acaba em 2015.
De acordo com ela, o fundo tem 45 projetos, que somam US$ 1,450 bilhões, financiando iniciativas de várias áreas dos países integrantes do bloco, como energia, infraestrutura, habitação, "com resultado direto na melhoria de vida da população".
"O Brasil espera e tem certeza de que, até o fim de 2015, possamos renovar e fortalecer o Focem, ferramenta essencial para integração e redução das assimetrias entre nossas economias e países", disse a presidente.