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Dólar à vista recua; futuro sobe com cenário interno

Moeda norte-americana abriu em queda de 0,28%, negociado a R$ 2,1680, mas subiu para R$ 2,1740    

Por Silvana Rocha
Atualização:

O dólar no mercado à vista começou a ser negociado nesta segunda-feira, 21, em leve queda, cotado a R$ 2,1680 (-0,28%) no balcão. Em seguida, a moeda registrou uma máxima, a R$ 2,1740 (estável). No mercado futuro, às 9h33, o contrato de dólar para 1º de novembro subia a R$ 2,1805 (+0,23%). Após abrir a R$ 2,1770 (+0,07%), esse vencimento de dólar oscilou de R$ 2,1720 (-0,16%) a R$ 2,1825 (+0,32%).Expectativas com o leilão do campo de Libra às 14 horas, a pesquisa de demanda do BC às 17 horas para eventual rolagem do vencimento de cerca de US$ 9 bilhões em swap cambial em 1º de novembro e sobre o relatório de emprego dos Estados Unidos que será divulgado amanhã deixam os investidores cautelosos, sem disposição para assumir grandes posições, disse um operador de um banco.O Banco Central encerrou há pouco o leilão diário de swap cambial, com oferta de até 10 mil contratos (US$ 500 milhões) para 05/03/2014. Além disso, a autoridade monetária realiza no fim da tarde (17h) uma consulta ao mercado sobre demanda de swap cambial para rolagem de contratos em 1/11/2013.Um operador de corretora de câmbio afirmou que a proximidade do fim de mês indica a possibilidade de um reforço nas remessas de recursos por bancos e empresas para honrar compromissos no exterior, o que pode gerar pressão sobre a formação de preço da moeda norte-americana.Na semana passada, o mercado lançou dúvidas sobre essa rolagem de swap cambial e também a respeito da continuidade do programa do BC de ofertas de dólares até o fim deste ano. As incertezas surgiram depois que o Banco Central mudou, sem avisar previamente, o horário de comunicação dos leilões diários de swap cambial, dentro do programa anunciado no último dia 22 de agosto de intervenção no mercado de câmbio. Agora, o aviso desse leilão acontece entre 19h30 e 20h30, em vez das 14h30 como vinha sendo feito desde fim de agosto.Devido ao fluxo cambial negativo superior a US$ 4 bilhões neste mês, os bancos vêm suprindo a demanda por dólares do mercado. Dessa forma, os bancos já detêm uma posição vendida em dólar à vista neste mes acima de US$ 10 bilhões e dependem das ofertas de swap e de linha de dólares para continuarem injetando moeda nos mercados à vista e futuro de câmbio, afirmou o operador do banco já mencionado.Em relação ao leilão do campo de libra, a expectativa de especialistas é de que a operação dure cerca de apenas meia hora. O governo planeja arrecadar quase o dobro de tudo que já foi pago em rodadas de licitações realizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) até hoje. Desde a primeira rodada de licitações em 1999, os cofres da União arrecadaram R$ 8,9 bilhões. Já o bônus de assinatura de Libra, no pré-sal de Santos, começa em R$ 15 bilhões.A operação será garantida por um esquema jurídico e de segurança do governo federal. Nos tribunais, o governo driblou a maior parte das ações judiciais que tentavam impedir o evento. Nas ruas da Barra da Tijuca, em frente ao Hotel Windsor, 1,1 mil integrantes das Forças Armadas foram mobilizados para impedir que eventuais protestos atrapalhem o evento. Para garantir a segurança do leilão, foi montada a operação de Garantia da Lei e da Ordem, que vai durar até o fim da noite do dia 21.No mercado internacional, o dólar sobe frente a outras moedas, à medida que investidores reduzem apostas contra a divisa em meio à espera pela divulgação do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos referente a setembro amanhã. Os investidores aguardam os dados para avaliar em quanto tempo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá iniciar a redução do seu programa de compra mensal de ativos para estimular a economia do país.Na semana passada, os investidores venderam a moeda norte-americana diante da possível desaceleração econômica após a paralisação do governo em meio a um impasse no Congresso dos EUA sobre o teto da dívida norte-americana. Os dados de emprego de setembro já deveriam ter sido divulgados, mas em função da paralisação do governo norte-americano a publicação foi adiada para estar terça-feira.A mediana das previsões dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal sinaliza que a economia dos EUA criou 180 mil postos de trabalho em setembro, em comparação com 169 mil em agosto. Além disso, a taxa de desemprego deve permanecer estável em 7,3%.Na Ásia, o Japão anunciou um déficit comercial de 932,1 bilhões de ienes em setembro. Esse foi o 15º déficit consecutivo registrado pelo país.Nesse ambiente, às 9h39, o euro tinha leve baixa, a US$ 1,3675, de US$ 1,3886 no fim da tarde de ontem. O dólar subia a 98,14 ienes, de 97,73 ienes na sexta-feira. A moeda norte-americana também subia em relação a algumas divisas correlacionadas a commodities, como o dólar canadense (+0,03%), a rupia indiana (+0,42%), o peso mexicano (+0,17%), o dólar neozelandês (+0,31%) e o rand sul africano (+0,72%).

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