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Dólar abre em alta antes da oferta de swap cambial

Moeda abriu a quinta-fgeira em alta de 0,05%, cotada a R$ 2,0840 no balcão

Por Silvana Rocha e da Agência Estado
Atualização:

A sessão já começou agitada no mercado de câmbio brasileiro. O foco imediato é o leilão de swap cambial. O Banco Central repetirá nesta quinta-feira oferta de montante equivalente ao vendido na quarta-feira, de até 60 mil contratos com dois vencimentos (1/8 e 3/9), num total de quase US$ 3 bilhões. O recebimento das propostas será das 10h15 às 10h30, com resultado a partir de 10h45.O dólar à vista abriu em alta de 0,05%, a R$ 2,0840 no balcão. No segmento futuro, às 10h07, o dólar que vence em 1º de julho de 2012, próxima segunda-feira, voltava a tocar na máxima de R$ 2,0890 (+0,51%. A mínima foi de R$ 2,0790 (+0,02%). Já o vencimento seguinte, agosto de 2012, subia 0,62%, também na máxima de R$ 2,1010). A mínima desse vencimento foi de R$ 2,0935 (+0,26%).Na quarta-feira, o BC vendeu a oferta total de US$ 2,995 bilhões para dois vencimentos (1/8 e 3/9), para rolagem do próximo vencimento desses contratos na segunda-feira. Mas isso foi insuficiente para atender o forte interesse pela compra de dólar. Após essa operação, o dólar continuou subindo e fechou acima de R$ 2,08 no mercado de balcão - computando ganhos acumulados de 2,61% em seis sessões.Os bancos e investidores estrangeiros, que apostaram na valorização dos preços e estão comprados em dólar à vista e no segmento futuro, respectivamente, continuam demandando a moeda. A intenção é a de antecipar o fortalecimento da taxa Ptax, que é formada diariamente.Nas últimas cinco sessões, a Ptax também subiu, passando de R$ 2,0293 para R$ 2,0764, com valorização de 2,32% acumulada desde o fechamento na quarta-feira da semana passada. Com isso, esses agentes já garantiram uma taxa forte para o fechamento de mês, de trimestre e de semestre, na sexta-feira. Assim, poderão maximizar seus ganhos na liquidação e ajustes dos contratos de dólar futuro e de swap cambial que serão encerrados na segunda-feira.Em relação à economia brasileira, o Relatório Trimestral de Inflação divulgado mais cedo revelou que o Banco Central reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2012 de 3,5% para 2,5%. "A nova estimativa incorpora os resultados do primeiro trimestre de 2012; dados preliminares referentes ao segundo trimestre, período em que a retomada da atividade vem ocorrendo de forma bastante gradual; e a atualização do cenário macroeconômico para a segunda metade do ano", diz a instituição no relatório. Além disso, houve revisão da estimativa para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 5% para 1%.Na quarta-feira à noite, a agência de classificação de risco Moody''''s anunciou o rebaixamento da nota de crédito de oito instituições financeiras brasileiras entre um e três graus, como parte de sua revisão global de todos os bancos com ratings mais elevados do que o rating soberano de seu país de origem.Do lado externo, os agentes de câmbio vão acompanhar os desdobramentos da cúpula europeia. Numa tentativa de animar os mercados, o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, em entrevista ao Wall Street Journal, disse que a Alemanha pode estar disposta a aceitar antes do esperado um compartilhamento de dívida da zona do euro e a apoiar medidas de curto prazo para lidar com os graves problemas de financiamento enfrentados por alguns países da região.No entanto, as declarações não alteraram o rumo de queda do euro. Às 10h07, o euro estava em US$ 1,2431, de US$ 1,2467 no fim da tarde de quarta-feira.Os indicadores europeus também não ajudam a dissipar o pessimismo sobre a região. A economia do bloco econômico se contraiu ainda mais em junho. O índice Eurocoin de atividade, que estima o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) excluindo componentes voláteis, caiu para -0,17% em junho, do dado revisado de -0,03% em maio, o menor nível desde dezembro de 2011. Do mesmo modo, a confiança das empresas e dos consumidores dos 27 países que formam o bloco econômico diminuiu pelo terceiro mês seguido neste mês. O sentimento se enfraqueceu significativamente na França, na Alemanha e na Holanda, sugerindo que o fracasso em resolver a crise de dívida ameaça o crescimento também no norte da Europa.Na Alemanha, a piora do sentimento ocorreu mesmo após o país ter computado queda na taxa de desemprego para 6,6% em junho, ante 6,7% em maio. Este foi o menor porcentual desde 1991, embora os números ajustados sazonalmente mostrem um aumento nos pedidos de auxílio-desemprego que indicam que o mercado de trabalho alemão está perdendo força.Esse quadro recessivo contaminou o Reino Unido. Por lá, o governo confirmou nesta quinta-feira uma contração de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com o quarto trimestre do ano passado. Em base anual, o PIB foi rebaixado para contração de 0,2%, em vez de -0,1% calculado anteriormente. Os preços de moradias estão em baixa e registraram uma queda de 0,6% em média neste mês na comparação com maio e de -1,5% ante junho de 2011. Ainda assim, houve discreta melhora no sentimento econômico no país, para 92,9 ante 91,0 em maio, embora esse índice continue abaixo da média desde 1990, que é de 100.Na Ásia, a China elevou suas exportações de produtos siderúrgicos para os Estados Unidos em maio, sinalizando recuperação da demanda na economia norte-americana.

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