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Dólar abre em alta com exterior, mas vira e cai com fator político

Na mínima, moeda americana opera próxima à cotação de R$ 2,83

Por Olivia Bulla
Atualização:

Atualizado às 15h

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O apoio do PMDB, maior partido da base aliada do governo federal, aos ajustes fiscais propostos pela equipe econômica traz alívio aos negócios com dólar na sessão desta terça-feira, 24. 

No início do pregão, as incertezas ainda remanescentes sobre a aprovação no Congresso das medidas do pacote fiscal, apesar do suporte declarado, combinadas com fatores vindos do exterior, com Grécia e política monetária dos Estados Unidos em foco, pressionou o doméstico de câmbio para cima - na abertura, registrou alta de 0,21% (R$ 2,88).

Ao longo do dia, prevaleceu a tendência de queda. Por volta de 15h, o dólar estava na cotação mínima do dia, em queda de 1,5% (R$ 2,83). 

Ontem à noite, o PMDB anunciou apoio às medidas provisórias que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas, como o abono salarial e o seguro-desemprego, e adiou a votação do veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para 2015, que seria votada hoje. Relatos dos presentes no jantar realizado na residência oficial da vice-presidência da República, dão conta de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez uma das defesas mais "contundentes" da necessidade de ajuste fiscal, apresentado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. 

Porém, um operador de uma corretora de câmbio afirmou à Agência Estado que "boa vontade só não é suficiente, é preciso garantir a aprovação do pacote de medidas". Mas outros fatores, domésticos e externos, dividem a atenção dos investidores e podem influenciar o rumo do dólar à vista. 

Na agenda econômica do dia, o IBGE informou que o IPCA-15 subiu 1,33% em fevereiro, no resultado mais elevado desde fevereiro de 20013 (+2,19%) e acelerando-se ante a alta de 0,89% apurada em janeiro, que também mostrara maior pressão nos preços em relação a dezembro de 2014 (+0,79%). 

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