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Dólar abre em alta com incertezas sobre China

 O PIB e as vendas no varejo chineses vieram bons, mas não o bastante para tirar força do dólar

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Por Redação
Atualização:

Os indicadores da economia chinesa - PIB e vendas no varejo - vieram bons, mas não o bastante para tirar força do dólar, que sobe ante as principais moedas e avança também ante o real na abertura desta segunda-feira. As incertezas com a China, grande importador de commodities, pressionam para baixo as cotações dos contratos futuros de metais básicos.

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"O dólar tende a ficar estável ou em alta, pois a tendência ainda é de o dólar se fortalecer ante o real", disse o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa. Segundo ele, os dados chineses não foram suficientes e isso se reflete no perfil das commodities. Corrêa não descarta uma atuação do BC por meio de leilão de swap cambial. "Uma cotação acima de R$ 2,27 pode chamar o BC", diz.

Às 9h19, o dólar à vista no balcão abria em alta de 0,18%, a R$ 2,2710. O dólar futuro para agosto estava estável a R$ 2,277. Na sexta-feira, a moeda americana negociada à vista no balcão fechou em alta de 0,40%, cotada a R$ 2,2670, acumulando alta de 10,86% no ano.

O dólar subia ante a maioria das moedas ligadas a commodities, como o dólar australiano (+0,39%); dólar canadense (+0,36%); peso chileno (+0,47%); dólar neozelandês (+0,80%). O euro caí a US$ 1,3011, de US$ 1,3066 no fim da tarde de sexta-feira.

A economia chinesa cresceu 7,5% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo período do ano passado, como esperava o mercado, mas abaixo da expansão de 7,7% registrada no trimestre anterior. As vendas no varejo subiram 13,3% em junho ante junho de 2012, acima da alta de 12,9% verificada em maio. Já a produção industrial teve alta de 8,9% em junho em comparação com mesmo período do ano passado, abaixo do aumento de 9,2% de maio e abaixo das estimativas de alta de 9,1%.

A moeda dos EUA segue fortalecida também pelas declarações dadas pelo presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, na semana passada, que disse que o BC não subirá imediatamente os juros - que estão na faixa de 0% a 0,25% desde dezembro de 2008 - quando a taxa de desemprego cair a 6,5% e sinalizou que também não deve começar a reduzir no curto prazo as compras mensais de US$ 85 bilhões em bônus.

Os investidores estarão atentos esta semana no testemunho que Bernanke dará no Congresso na quarta-feira, que deve mexer com o dólar. Na quinta-feira, o presidente do Fed fala no Comitê Bancário do Senado.

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Ainda na agenda da semana está a reunião dos ministros de Finanças e representantes de bancos centrais do G-20, na sexta-feira e sábado, em Moscou.

A medida adotada pelo BC brasileiro na semana passada, que altera o requerimento de capital para exposição de bancos à variação cambial, não deve influenciar no câmbio, avalia Côrrea. "Isso é uma medida para o médio prazo", afirma.

Em tempo: Na pesquisa Focus, divulgada há pouco, o mercado manteve a projeção de dólar a R$ 2,20 em 2013, mas elevou a estimativa para 2014 de R$ 2,22 para R$ 2,30.

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