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Dólar abre em alta com tensão no exterior

Sentimento de aversão ao risco prevalece no exterior com a Europa, China e EUA

Por Cristina Canas (Broadcast)
Atualização:

O mercado internacional mostra cautela com a proximidade do final de semana e do trimestre. O sentimento de aversão ao risco prevalece lá fora na manhã desta quinta-feira e a percepção dos operadores do mercado doméstico de câmbio é de que esse ambiente será replicado por aqui, pelo menos na abertura dos negócios. Com isso, a moeda norte-americana abriu em alta em relação ao real."A aversão ao risco está presente nos negócios no exterior hoje e aqui o dólar deve abrir com um pouco de alta em função disso e também dos fatores domésticos, principalmente da percepção de que o Banco Central continuará atuando fortemente, quando houve um fluxo de entrada de recursos", disse um profissional de mercado, acrescentando que foi exatamente isso que ocorreu no pregão de ontem. Nesta quarta-feira, o fluxo cambial foi positivo pela manhã e o BC fez um leilão de compra de dólares no mercado à vista, no qual fixou taxa de corte em R$ 1,820, acima do valor à vista do dólar naquele momento, que era de R$ 1,8170. E após essa intervenção, a moeda à vista ganhou fôlego, acabando o dia em R$ 1,828.Lá fora, hoje, os investidores continuam mostrando preocupação com a atividade econômica global, e fixam os olhos, principalmente, em sinais vindos da China e dos Estados Unidos. No gigante asiático, hoje, saíram dados mostrando que a injeção de liquidez feita pelo banco central do país nesta semana foi a maior desde o final de janeiro.Vale ressaltar que, na Europa, pesaram as avaliações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de que as economias da zona do euro seguem frágeis. Além disso, na Espanha, está marcada uma greve geral e a população deve protestar contra as medidas de austeridade fiscal e as reformas trabalhistas que vêm sendo adotadas pelo governo. E ainda teve a influência negativa do índice de sentimento econômico dos países da zona do euro teve queda em março, pela primeira vez desde dezembro.

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