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Dólar abre em alta de olho na economia dos EUA

Por ÁLVARO CAMPOS
Atualização:

O dólar abriu em leve alta nesta terça-feira, 19, enquanto os investidores digerem as novidades no cenário político doméstico e aguardam a divulgação de dados sobre a economia norte-americana. Na segunda-feira, 18, à noite, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, foi a terceira entrevistada no Jornal Nacional, dentro da série com os principais concorrentes à Presidência. Por volta das 9h20, o dólar à vista no balcão subia 0,22%, a R$ 2,2630, na máxima, após abrir a R$ 2,260 (+0,08%). No mercado futuro, o dólar para setembro avançava 0,18%, a R$ 2,2710. O comportamento da divisa norte-americana em relação ao real acompanha uma tendência de leve valorização ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities. No mesmo horário o dólar avançava 0,27% ante o dólar neozelandês, tinha alta de 0,39% frente o rublo russo e registrava ganho de 0,26% na comparação com o rand sul-africano.Na entrevista concedida na noite de ontem, a presidente Dilma Rousseff foi questionada sobre três temas: corrupção, saúde e economia. Ela afirmou que seu governo enfrentou a crise econômica sem provocar arrocho à população. Ao falar sobre saúde, disse que a responsabilidade deve ser compartilhada entre as três esferas de poder, e defendeu o Mais Médicos, sua principal bandeira no setor. A presidente também defendeu os ministros afastados após denúncias e afirmou que seu governo foi o que criou mais mecanismos de combate à corrupção.Entre os indicadores divulgados nesta terça-feira, 19, a segunda prévia do IGP-M de agosto confirmou as expectativas e caiu 0,35%, ante recuo de 0,51% na segunda prévia do mesmo índice de julho. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxa entre -0,42% a -0,21%, mas a queda foi maior que a mediana das expectativas, de -0,32%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,34% na segunda prévia de agosto, acelerando-se da alta de 0,21% na primeira leitura deste mês. As projeções iam de +0,24% a +0,38%, com mediana de +0,29%. O IBGE informou que a receita bruta nominal de serviços subiu 5,7% em junho ante o mesmo mês do ano passado e agora acumula alta de 7,4% no ano e 8,0% em 12 meses. Foi o menor crescimento da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em janeiro de 2012.No exterior, dados de inflação ao consumidor e ao produtor britânico conhecidos nesta manhã amenizam a pressão sobre o BC inglês para elevar a taxa de juros o quanto antes, uma vez que o CPI anual ficou abaixo da meta de 2,0% pelo sexto mês consecutivo. Em reação, a libra esterlina atingiu a mínima em quatro meses ante o dólar. Agora os investidores estão na expectativa pelas atas a serem publicados pelos bancos centrais dos Estados Unidos e do Reino Unido, ambos na quarta-feira. Antes disso, os EUA revelam hoje os dados sobre a inflação em julho.

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