O mercado de câmbio iniciou a sessão desta segunda-feira em alta em relação ao real, alinhado com a valorização do dólar no exterior frente a outras moedas commodities e também o euro. Nos primeiros negócios, porém, os agentes encontraram algum espaço para vender e realizar lucros recentes. O leilão de swap cambial do Banco Central com a venda de US$ 198,6 milhões no mercado futuro também favoreceu a inversão de sinal para o lado negativo.
Por volta de 10h34, o dólar a vista atingiu a mínima do dia, em queda de 0,27%, cotado a R$ 2,589. Às 12h27, apresentava recuo de 0,12% ante o real.
No noticiário externo, os números embutem certa cautela aos negócios. O PIB do Japão no terceiro trimestre foi revisado para queda anual de 1,9%, ante leitura inicial de queda de 1,6%. Na Alemanha, a produção industrial cresceu 0,2% em outubro ante setembro, quando a expectativa era de alta de 0,3%. E na China, o saldo comercial saltou para US$ 54,47 bilhões no mês passado, resultado de uma queda de 6,7% nas importações, o que sugere fragilidade do gigante asiático.
Por aqui, os agentes do mercado financeiro ouvidos na pesquisa Focus, do Banco Central, elevaram a previsão para a taxa básica de juros. A expectativa é de que até abril a Selic chegue a 12,50% ao ano. A projeção para a expansão do PIB este ano, por sua vez, caiu de 0,19% para 0,18%, enquanto a expectativa para o IPCA recuou de 6,43% para 6,38%.