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Dólar abre em alta reagindo ao Fed

Banco Central vendeu US$ 495,8 milhões em contratos da moeda, mas ainda assim o dólar sobe

Por Silvana Rocha
Atualização:

A disputa em torno da formação da taxa Ptax de fim de mês já movimenta a abertura do mercado de câmbio no Brasil. Amparados na persistente incerteza deixada pelo Federal Reserve em relação ao início da redução de estímulos nos Estados Unidos, que ajuda a impulsionar o dólar ante o euro e a algumas moedas ligadas a commodities, os investidores estrangeiros e fundos pressionam a taxa de câmbio interna.

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O dólar abriu a R$ 2,1960, em alta de 0,05%. Às 10h20, a moeda subiu 0,18%, a R$ 2,199. 

A expectativa é de que o mercado de câmbio intensifique ao longo da manhã a disputa em torno da Ptax do fim de mês, que será divulgada pelo Banco Central depois das 13 horas. Nessa briga, segundo um operador de tesouraria de um banco, a avaliação mais otimista do Federal Reserve ontem sobre a economia norte-americana deixou em aberto o momento de início da retirada de estímulos e a incerteza favorece os "comprados" em câmbio, que apostaram na alta do dólar. Além disso, o dólar reage em alta ante o euro e também exibe um viés positivo ante algumas divisas ligadas a commodities no exterior.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados hoje, no valor de US$ 495,8 milhões. A oferta foi dividida em dois vencimentos. Para 5 de março de 2014, não foram aceitas propostas. Para 2 de junho de 2014, foram vendidos 10 mil contratos.

Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários.

Ontem, o dólar ante o real já reagiu ao Fed. Após exibir leves ganhos até o meio da tarde, o dólar acelerou ante o real depois da divulgação do comunicado de política monetária da instituição. O fortalecimento do dólar ocorreu em todo o mundo, com os investidores avaliando que o Fed manteve sobre a mesa a possibilidade de iniciar, em dezembro, a redução de seus estímulos à economia. Com isso, o dólar à vista negociado no balcão terminou a sessão em alta de 0,64%, a R$ 2,1950. No mercado futuro, o dólar para novembro avançou 0,18%, para R$ 2,1910, já mais acomodado, após ter se aproximado dos R$ 2,20 sob influência do Fed.

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