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Dólar abre em baixa de 0,14%, negociado a R$ 2,135

Por Agencia Estado
Atualização:

A taxa de câmbio começou a semana em queda. O primeiro negócio fechado esta manhã no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foi feito com o dólar a R$ 2,135, valor 0,14% abaixo do fechamento do mercado antes do feriado, na quinta-feira. Embora novamente mais curta por causa do feriado de Tiradentes na próxima sexta-feira, a semana conta com eventos importantes para o mercado de câmbio. As atenções estão voltadas para a divulgação amanhã, pelo comitê de mercado aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), da ata da reunião realizada em 28 de março, quando o juro básico no país foi elevado em 0,25 ponto porcentual, para 4,75% ao ano. A expectativa em torno do documento refere-se aos sinais que o BC americano deve emitir sobre o futuro de sua taxa de juros. O mercado previa uma elevação até 5% e depois interrupção, mas os recentes sinais de aquecimento da economia norte-americana podem levar a autoridade monetária a promover mais aumentos. Por esta razão, os indicadores que saem nos EUA nesta semana serão muito observados e analisados. Amanhã será divulgado também o índice de preços ao produtor (PPI), com previsão de inflação de 0,4% em março, ante 1,4% em fevereiro (núcleo de 0,2%). Na quarta, sai o índice de preços ao consumidor (CPI), com projeção de alta de 0,4% ante avanço de 0,1% em fevereiro, embora o núcleo permaneça estável em 0,2%. O mercado de câmbio também ficará atento ao preço do barril do petróleo no mercado externo, que subia, às 8h30, 0,72%, a US$ 69,82, na Nymex eletrônica. As tensões entre EUA e Irã por causa do programa nuclear iraniano vêm alimentando a alta do óleo. Os investidores também trabalharão de olho na China, que teve crescimento de 10,2% no primeiro trimestre do ano, acima das previsões. Seu presidente, Hu Jintao, anunciou ontem que o país deverá adotar medidas para conter a expansão e evitar um superaquecimento. A economia chinesa cresceu 9,9% em 2005 e 10,1% em 2004. No Brasil, acontece amanhã e quarta-feira a reunião do Comitê de Política Monetária, que deve decidir por mais um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, hoje em 16,5% ao ano, segundo avaliação predominante no mercado. Segundo a pesquisa Focus divulgada hoje, a projeção do mercado para o IPCA do ano caiu de 4,47% para 4,43%, abaixo da meta de inflação do ano, de 4,5%.

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