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Dólar abre em baixa de 0,39% na BM&F, a R$ 2,313

Por Agencia Estado
Atualização:

O dólar à vista abriu em baixa de 0,39% no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, negociado a R$ 2,313. O Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, como previa o mercado, e a ata do Federal Reserve manteve a possibilidade da prorrogação da trajetória de alta do juro dos EUA. Assim, o quadro da economia global e doméstica não mudou muito de ontem para hoje. As incertezas continuam e a volatilidade tende a permanecer até ao final do mês, quando o Fed se reúne para definir os próximos passos da política monetária norte-americana. Alguns analistas avaliam que, mesmo mantendo-se um ambiente de volatilidade, as oscilações nos preços dos ativos tendem a ser menos bruscas do que as registradas nos últimos dias. Eles argumentam que os investidores já fizeram a maior parte dos ajustes necessários para esperar a decisão do Fed. Ontem, o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "o capital especulativo que havia na economia provavelmente já saiu nos últimos dias por causa da turbulência internacional". Segundo ele, saíram do Brasil cerca de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões.? Outros analistas acreditam que o vaivém dos mercados seguirá ao sabor das informações que forem surgindo a respeito da economia dos EUA e da Europa, onde também está cada vez mais forte a perspectiva de elevação de juros. Internamente, dois fatores colaboram para que a volatilidade exacerbada vista recentemente não se repita no curto prazo. A primeira é o fato de os movimentos em torno do vencimento dos contratos futuros de junho, liquidados hoje pela ptax de ontem, pararem de permear as transações. O segundo, é a iminente presença do Banco Central no mercado de câmbio. Por dois dias seguidos a autoridade monetária fez leilão de swap cambial, oferecendo hedge ao mercado e mostrando que não está disposto a ficar assistindo às fortes oscilações da taxa de câmbio sem fazer nada. Para hoje não está prevista nenhuma intervenção, mas isso não impede que ela venha a ocorrer. Na terça-feira, o BC anunciou o leilão pouco antes de realizá-lo.

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