O comportamento volátil dos ativos financeiros no exterior ganha eco no mercado doméstico na manhã desta quinta-feira, 20. Perto das 10h30, o dólar caía 0,13%, a R$ 2,3890, pouco antes do anúncio da meta fiscal para 2014. O governo definiu em 1,9% a pretenção de superávit primário para este ano.
Na sequência do anúncio, a moeda manteve a tendência. Por volta das 12h30, o recuo estava na mínima do dia, de 0,71%, cotado a R$ 2,3750.
O governo, por sinal, elevou sua estimativa para o câmbio em 2014: de R$ 2,30 para R$ 2,44
A cautela vista em outras praças por causa dos dados fracos da China e zona do euro ganha reforço no Brasil com a expectativa do anúncio da meta fiscal de 2014, em instantes.
Conforme apurou o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, o mercado espera que o governo anuncie um corte entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões nas despesas federais e uma meta de superávit primário de pelo menos 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB).A taxa de desemprego abaixo do esperado no Brasil ajuda a enfraquecer o dólar ante o real. Ante outras moedas emergentes, o dólar ganha fôlego após dados fracos da economia da China. A taxa de desemprego em janeiro divulgada pelo Caged subiu para 4,8%, ante 4,3% em dezembro, mas ficou abaixo do pisco das estimativas, que iam de 5% a 5,30%. Além disso, os investidores seguem acompanhando o comportamento do dólar e dos Treasuries. Na China, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) HSBC industrial caiu para 48,3 na leitura preliminar de fevereiro, o nível mais baixo em sete meses. Já o PMI composto da zona do euro, que reúne os setores industrial e de serviços, caiu a 52,7 em fevereiro, de 52,9 em janeiro.
