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Dólar aprofunda perdas após fala de Tombini

Presidente do Banco Central disse que reservas internacionais poderão ser usadas para frear desvalorização do real

Por Marcio Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - O dólar acelerou o movimento de queda ante o real em um movimento que contribuiu para reduzir o avanço das taxas futuras de juros, inclusive com os vencimentos mais longos renovando mínimas e já indicando leve viés de baixa. Esse comportamento da moeda dos EUA começou a ganhar corpo no fim da manhã, em reação a declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

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Na mínima, registrada por volta de 15h58, o dólar chegou a R$ 2,4040, em queda de 0,78%.

Em entrevista à revista Exame, Tombini admitiu abertamente que "o colchão de liquidez do País (reservas internacionais de US$ 376,608 bilhões) pode ser usado para diminuir o impacto da desvalorização (do real) sobre a economia". Além disso, ele salientou que "o Banco Central vai ajustar seus instrumentos para trazer a inflação para baixo e mantê-la sob controle". "Mas dependemos do cenário externo", emendou.De acordo com um profissional da área de câmbio, as palavras de Tombini limitam a valorização do dólar e podem indicar que o BC ficará incomodado com um nível maior para a moeda. E, vale destacar, um dólar mais fraco também ajuda no controle da inflação, o que não deixa de ser um instrumento para amenizar o avanço dos preços.

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