14 de agosto de 2015 | 17h00
O dólar recuou durante praticamente todo o dia ante o real, devolvendo boa parte do avanço visto nesta quinta-feira. A moeda americana à vista de balcão encerrou em baixa de 0,66%, aos R$ 3,4850, nesta sexta-feira. Comentários do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre as reservas cambiais e as operações de swap reforçaram entre os investidores a leitura de que a instituição está atenta às cotações e pode, se preciso, atuar para conter a volatilidade.
Na semana, recuou 0,71% e, no mês, acumula alta de 1,99%. Na máxima vista nesta sexta-feira, na primeira cotação do dia, o dólar marcou R$ 3,510 (+0,06%) e, na mínima, às 11h43, atingiu R$ 3,460 (-1,37%). Da mínima para a máxima, a oscilação foi de -1,42%. O giro à vista era bastante contido, de apenas US$ 328,8 milhões perto das 16 horas. No mercado futuro, o dólar para setembro, que encerra apenas às 18 horas, caía há pouco 1,02%, aos R$ 3,5035.
Pela manhã, o presidente do BC afirmou durante seminário que no contexto de recuperação da economia mundial, o Brasil enfrentou desafios, sobretudo com mecanismos de "defesas para o enfrentamento de situações de maior volatilidade". Ele destacou o "significativo volume de reservas internacionais e o uso de instrumentos derivativos, como os swaps cambiais, que têm contribuído para promover a estabilidade financeira no Brasil".
Na visão do mercado financeiro, Tombini reforçou - em um dia de poucas notícias e agenda relativamente tranquila - a ideia de que, se for necessário, o BC tem ferramentas para conter a disparada do dólar. Aliás, desde que elevou no dia 6 para 100% a rolagem dos contratos de swap que vencem em setembro, não têm havido espaço para a disparada do dólar. A moeda sobe em uma sessão, como nesta quinta-feira, mas cai em outra, como nesta sexta-feira.
À tarde, porém, o mercado de câmbio no Brasil ficou mais vazio e o ímpeto de venda de moeda arrefeceu. Mesmo porque, no domingo ocorrem as manifestações com o governo Dilma Rousseff. Mais do que os atos em si, os investidores aguardam para avaliar o tamanho da adesão e as possíveis consequências para os negócios na semana que vem. Na dúvida, melhor não reduzir tanto as posições em dólar.
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