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Dólar cai 0,85% no 1º dia após prorrogação do leilão cambial do BC

Moeda americana no Brasil fechou o pregão vendida no balcão a R$ 2,229; decisão foi anunciada na última sexta para manter liquidez

Por Agência Estado e Economia & Negócios
Atualização:

O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira - marcando o terceiro pregão consecutivo de baixa -, após o Banco Central informar na noite de sexta passada que vai manter seu programa de swap cambial. As especulações sobre o futuro das operações, que teoricamente terminariam este mês, haviam impulsionado o dólar no começo da semana passada. Além disso, dados positivos da China impulsionaram ativos emergentes.

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O dólar à vista no balcão caiu 0,85%, a R$ 2,2290. Por volta das 16h30, o giro estava em torno de US$ 1,53 bilhão, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para julho recuava 0,91%, a R$ 2,2420. O volume de negociação estava próximo de US$ 13,86 bilhões.

Apesar de anunciar a prorrogação do programa de swap cambial para além deste mês, o BC ainda não detalhou como serão as futuras condições dos leilões, qual será a sua extensão, prazos e montantes das operações, horários e outras características das ofertas. As condições serão comunicadas ao mercado oportunamente, segundo o texto do comunicado assinado pelo diretor de Política Monetária, Aldo Mendes.

Por meio dos swaps cambiais, a autoridade monetária atende a demanda do mercado por moeda americana sem se desfazer das reservas internacionais. Atualmente, o BC oferta o equivalente a US$ 200 milhões por dia ao mercado, além de realizar a rolagem, parcial ou integral, dos contratos que chegam ao seu vencimento.

No exterior, as moedas emergentes e de países exportadores de commodities subiram no início do dia de maneira quase generalizada ante o dólar, após a divulgação de dados positivos sobre a China, mas perderam fôlego ao longo do pregão. No horário acima, o dólar perdia 0,19% ante o dólar canadense e recuava 0,29% contra o won sul-coreano, mas avançava 0,81% frente o peso mexicano e ganhava 0,58% em relação ao rand sul-africano.

No fim de semana, a Administração Geral de Alfândega da China informou que o país teve superávit comercial de US$ 35,92 bilhões em maio, bem acima da previsão dos economistas, de US$ 23,4 bilhões. As importações tiveram alta anual de 7%, um pouco menor que o aumento previsto de 7,2%, enquanto as importações recuaram 1,6%, ficando aquém da projeção de um acréscimo de 6,0%. Hoje pela manhã, o Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) anunciou um corte seletivo do compulsório bancário. O compulsório para bancos selecionados será reduzido em 50 pontos-base a partir de 16 de junho. 

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