Os mercados de câmbio dão sinais de nervosismo nesta sexta-feira em que as tensões políticas no Oriente Médio reduziram o apetite ao risco e o rebaixamento do rating do Japão pela Standard & Poor´s, anunciado ontem, continua no radar dos investidores. Há também temores de que a China possa elevar o juro no fim de semana, antes dos feriados do Ano Novo chinês.
A atividade com as principais moedas é, em geral, restrita, e o euro oscila dentro de um faixa estreita em relação ao dólar. Ante a moeda japonesa, o dólar atingiu a mínima da sessão em 82,29 ienes, depois de cair abaixo de 82,60 ienes, acionando ordens de stop loss (para limitar perdas). Analistas destacaram que os investidores não estão querendo tomar posições antes dos dados do PIB norte-americano, que saem às 11h30 (de Brasília).
As moedas menores na Europa, Oriente Médio e África estão mais voláteis, enquanto os protestos contra o governo no Egito se tornam mais violentos. A libra egípcia atingiu a mínima em seis anos em relação ao dólar mais cedo, com o dólar superando 5,85 libras. A lira da Turquia caiu, com o dólar subindo 0,8% para 1,5940 lira. O shekel de Israel também perdeu 1%, sendo negociado em 3,678 por dólar.
Na Arábia Saudita, onde a moeda - o rial - é atrelada ao dólar e não se move do nível de 3,75, o sinal de estresse é dado pelo mercado futuro, que começa a precificar a queda da moeda nos próximos meses.
Analistas de mercados emergentes do Barclays Capital alertam que os atritos políticos na região estão provocando uma cautela extrema dos investidores, pelo menos no curto prazo, com impacto sobre os investimentos estrangeiros diretos e o fluxo para carteiras e efeitos não desprezíveis sobre o crescimento e o financiamento de grandes déficits em conta corrente.
Às 11h (de Brasília), o euro era negociado em US$ 1,3719, de US$ 1,3734 na tarde de ontem. O dólar estava em 82,31 ienes, de 82,92 ienes ontem. As informações são da Dow Jones.
