(Texto atualizado às 16h45)
O dólar só repercutiu hoje o relatório da Moody's sobre o rating brasileiro e reagiu em baixa, movimento incentivado ainda por mais um dia de perdas do yuan ante o dólar - e seus efeitos sobre o aperto monetário norte-americano - e também por um clima mais ameno na seara política nacional. Na véspera, a moeda americana fechou em alta de 1,45%, negociada a R$ 3,50.
O dólar comercial fechou a sessão em baixa de 0,77%, a R$ 3,4730. Na mínima, marcou R$ 3,4460 e, na máxima, R$ 3,5020. No mês, acumula alta de 1,64% e, no ano, de 30,81%.
A Moody's veio a público com o relatório em que rebaixou a nota brasileira para Baa3 após o dólar já ter encerrado os negócios no balcão - a repercussão se concentrou no mercado futuro, que teve um recuo mais contido hoje. Apesar de a nota ter piorado, os agentes 'gostaram' do fato de o outlook ter virado estável - e não mais negativo, sinalizando outro corte da nota em breve.
A decisão da agência aponta que não há a intenção de rebaixar novamente a nota do Brasil, a menos que haja imprevistos, como afirmou o vice-presidente da Moody's, Mauro Leos.
Esse cenário trouxe um viés de baixa que ganhou força após o yuan ter fechado em queda de 1,6% ante o dólar, um dia depois de o BC central ter promovido uma desvalorização de 1,9% na sessão de ontem. A nova queda da moeda fez crescer a expectativa de que o Federal Reserve poderá esperar um pouco mais para iniciar o aperto de juros no país.
Ainda contribuiu com o movimento de queda o desempenho do fluxo cambial, que voltou a ficar positivo na semana encerrada em 7 de agosto. O resultado foi de +US$ 927 milhões, depois de ter fechado julho em -US$ 3,935 bilhões. Apenas na semana de 27 a 31 de julho, o resultado havia sido negativo em US$ 1,598 bilhão.