Publicidade

Dólar comercial abre em alta de 1,56% a R$ 1,891

 Na BM&F, o dólar com liquidação à vista iniciou o pregão em alta de 1,55%, a R$ 1,89

Por Cristina Canas (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O dólar comercial abriu em alta de 1,56% as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio, cotado a R$ 1,891. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista iniciou o pregão em alta de 1,55%, a R$ 1,89. Contudo, no exterior, a moeda norte-americana amanheceu em queda generalizada no exterior. Na máxima de hoje, o euro atingiu US$ 1,2674 ante US$ 1,2599 no pico de ontem. Diante das moedas emergentes, o recuo da moeda norte-americana girava entre 0,5% e 1%. No entanto, os operadores não arriscam nenhum palpite para a trajetória das cotações no restante do dia, até porque outros ativos, como bolsas, mostravam fraqueza."Não dá para fazer prognóstico que dure mais de meia hora. Isso já é longo prazo", brinca um operador, ressaltando que a volatilidade do mercado de moedas está muito forte e deve continuar sendo a marca dos negócios, enquanto houver uma piora nas perspectivas para a economia global. Desde que a crise fiscal da Grécia surgiu, fatos econômicos e políticos negativos vêm se sucedendo, aumentando a aversão ao risco e arrasando os mercados. Primeiro surgiram os temores de que outros países periféricos da Europa fossem atingidos por dificuldades financeiras. Depois que essas nações não conseguissem controlar os problemas. Num terceiro momento surgiu o temor de que essa conjuntura afetasse o sistema financeiro da região e arrastasse também as economias europeias mais sólidas à crise. Em seguida, veio a resposta da UE e do FMI, com pacote financeiro para estancar os problemas fiscais e, junto com ele, a percepção de que isso arrastaria toda a Europa de volta à recessão. Paralelamente, o mercado foi avaliando que, diante da crise econômica, a UE vive um enfraquecimento político.Agora, o mercado está começando a considerar que a retomada da recessão pode não ficar restrita à Europa. Esse temor ainda não foi completamente comprado pelos analistas e, muito menos, pelos investidores, mas também não mais totalmente descartado, como ocorria até recentemente. E é aí que os mercados emergentes são mais afetados.Hoje, os investidores e operadores seguem de olho no noticiário externo, com especial atenção para a reunião dos países europeus que deve tratar da crise e de regulamentação dos mercados. E para a Alemanha, onde o pacote da UE está em discussão. Nos EUA, o Senado também aprovou medidas que atingem o sistema financeiro.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.