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Dólar comercial abre em queda de 0,84% a R$ 1,53

Por Patricia Lara
Atualização:

O dólar comercial abriu hoje em queda de 0,84%, cotado a R$ 1,53, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h05, a moeda norte-americana era negociada em baixa de 0,91%, a R$ 1,529, nas primeiras transações do dia. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista estava em queda de 1,40%, a R$ 1,5302. O euro comercial, em baixa de 0,23%, valia R$ 2,213.O Banco Central (BC) anunciou que fará hoje pesquisa junto aos investidores que operam com câmbio para averiguar a demanda por swap cambial reverso, mas a potencial oferta deste instrumento não deve tirar as pressões que enviaram o dólar ontem ao menor nível desde 18 de janeiro de 1999. Externamente, a moeda norte-americana retém sua trajetória de queda frente ao euro, ao iene e a uma gama ampla de divisas, após o presidente dos EUA, Barack Obama, em pronunciamento feito ontem à noite, indicar que não há evolução sobre um acordo para o aumento da dívida dos EUA.O Banco Central brasileiro averiguará o interesse em um leilão de swap cambial reverso e pode realizá-lo amanhã, dia 27. A pesquisa será feita hoje, a partir das 18 horas. O BC não faz leilão desse instrumento desde o dia 13 de julho. Para o diretor da Tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer, a fotografia da manhã indica um dólar mais desvalorizado internamente, mas o mercado vai ficar sempre na expectativa de saída de alguma medida mais drástica do governo. "Leilões de compra à vista ou swap cambial não são prodigiosos, suficientes. Só eles em si não resolvem o problema.""Devemos ter mais um dia de queda, salvo alguma notícia intangível ou mudança de regulamento", completou Knauer. Ontem, o dólar comercial retomou o sinal de baixa e fechou com perda de 0,77%, cotado a R$ 1,543, no mercado interbancário de câmbio, que é o menor valor desde 18 de janeiro de 1999, quando encerrou em R$ 1,5384. Com a manutenção do impasse na negociação de democratas com republicanos sobre a dívida norte-americana, o dólar cedia acentuadamente ante o euro e o iene, tendo renovado a mínima em quatro meses ante a divisa japonesa, a 77,88 ienes, mais cedo. O euro avançava mesmo com os leilões de dívida da Itália e da Espanha resultando em um custo mais elevado de refinanciamento para os respectivos países, o que evidenciou a baixa confiança do investidor mesmo após o segundo pacote para a Grécia, anunciado na semana passada.

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