Publicidade

Dólar comercial abre em queda de 0,85% a R$ 1,746

Mercado chega às vésperas da reunião do Copom dividido sobre o ritmo de alta da Selic

Por Cristina Canas (Broadcast) e da
Atualização:

O dólar comercial iniciou em baixa de 0,85% as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio. Os primeiros contratos foram fechados a R$ 1,746. Assim como ocorreu em março, o mercado chega às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dividido nas apostas para o resultado do encontro, entre projeções que apontam alta de 0,50 ponto porcentual ou 0,75 pontos porcentual na taxa básica de juros (Selic), hoje em 8,25% ao ano. No mês passado, as dúvidas e a expectativa de que o juro iria subir geraram movimentos fortes no câmbio. Em abril, as apostas já vêm rendendo negócios e devem continuar hoje e nos próximos pregões. Até porque a decisão coincide com os movimentos em torno da rolagem de posições e formação da ptax (taxa média ponderada pelo Banco Central) que miram o vencimento dos contratos futuros de dólar. A pressão da expectativa de elevação da Selic é de queda nas cotações do dólar. Afinal, aumento dos juros reforça ainda mais as projeções de fluxo de recursos para o País.O noticiário internacional também promete fornecer fatores importantes. No mesmo dia do Copom - quarta-feira - o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) define o juro básico dos Estados Unidos. A perspectiva é de estabilidade para a taxa e as atenções maiores devem dirigir-se ao comunicado, principalmente depois dos últimos indicadores mostrando aquecimento da economia norte-americana. As expectativas ao redor da manutenção ou supressão do compromisso de manter os juros em nível "extremamente baixo" devem mexer com preços de ativos.Paralelamente, na Europa, as atenções continuam debruçadas sobre a Grécia e as questões fiscais do restante dos países da região. Na sexta-feira, a Grécia oficializou o pedido de financiamento à União Europeia (UE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Ontem, o FMI declarou que está agilizando o processo para que o empréstimo saia e o governo grego disse que está confiante de que o dinheiro entrará nos seus cofres em maio. Por enquanto, no mercado doméstico de câmbio pesa mais o ambiente nacional de expectativas de fluxo positivo em meio a captações privadas e perspectiva de alta de juros.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.