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Dólar comercial cai 1,40% e fecha a R$ 1,76

Desde o começo do mês, a moeda acumula baixa de 2,44%; no ano, o dólar tem alta de 0,98%

Por Tais Fuoco e da Agência Estado
Atualização:

O dólar comercial caiu 1,40% hoje e fechou as negociações no mercado interbancário de câmbio cotado a R$ 1,76. Na taxa mínima do dia, foi negociado a R$ 1,758 e na máxima, R$ 1,774. Desde o começo do mês, a moeda acumula baixa de 2,44%; no ano, o dólar tem alta de 0,98%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista fechou o pregão de hoje em baixa de 1,30% a R$ 1,761. O euro comercial recuou 0,35% e foi negociado a R$ 2,27.Notícias de captações de empresas brasileiras no exterior alimentaram a expectativa de fluxo de dólares e reforçaram hoje a tendência vendedora do mercado de câmbio. "Na prática, o dólar está se desvalorizando fortemente frente a outras moedas e hoje o movimento reflete os comentários mais nebulosos de Ben Bernanke (presidente do banco central americano) sobre a recuperação da economia americana ontem", afirmou Ricardo Lorenzet, operador de câmbio da XP Investimentos. Segundo ele, "devemos testar a mínima cotação do ano novamente" nos próximos dias, já que o País voltou a atrair capital para a Bolsa de Valores e há novas captações externas no radar.No mercado global de moedas, o euro se fortaleceu hoje - retomando o patamar de US$ 1,29 - diante da divulgação do índice de atividade (PMI) da zona do euro em julho, que ficou acima do esperado e na máxima em três meses. Mas permanece a expectativa com o resultado dos testes de estresse de 91 bancos da Europa, que será conhecido amanhã. Nos Estados Unidos, as vendas de imóveis residenciais usados recuaram pelo segundo mês consecutivo em junho. Já o índice de indicadores antecedentes caiu 0,2% em junho, menos do que a queda de 0,3% esperada pelos economistas. O Banco Central deixou para os minutos finais o leilão diário de compra de dólares no mercado à vista. A taxa de corte das propostas ficou em R$ 1,76.Pesou a favor do real hoje, além da decisão de ontem à noite do BC de subir a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto porcentual para 10,75% ao ano, a divulgação de novas operações de captação no exterior. O frigorífico JBS lançou US$ 700 milhões em bônus de oito anos de prazo. O volume é US$ 300 milhões superior ao planejado inicialmente para a emissão dos bônus que vencem em janeiro de 2018, em meio à forte demanda por títulos da dívida de mercados emergentes. Já o Banco BMG prepara-se para captar recursos no mercado externo, por meio da emissão de bônus com vencimento em 10 anos, informou uma fonte do mercado, mas o volume ainda não é conhecido. Até o momento, com a operação do JBS, as captações em julho somam mais de US$ 3,8 bilhões. Em abril, foram quase US$ 6,5 bilhões, mas em maio e junho nenhuma operação foi registrada.Câmbio turismoNas operações de câmbio turismo, o dólar subiu 0,21% hoje para R$ 1,877 (venda) e R$ 1,74 (compra). O euro turismo caiu 0,54% para R$ 2,39 (venda) e R$ 2,233 (compra), em média.

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