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Dólar comercial encerra em alta de 0,05%, a R$ 2,185

Por Agencia Estado
Atualização:

Pressionado pela alta do petróleo que derruba as Bolsas em Nova York e a Bovespa, o dólar comercial fechou na cotação máxima do dia, em alta de 0,05%, a R$ 2,185. A máxima foi registrada pouco antes do fechamento e refletiu a preocupação dos investidores de que a subida do petróleo hoje poderá eventualmente vir a levar o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), na reunião de amanhã, a adiar a esperada pausa no ciclo de alta da taxa básica de juros, nos EUA. Em Nova York, o petróleo para setembro fechou em alta de US$ 2,22 (2,97%) a US$ 76,98 o barril. A mínima registrada pela moeda norte-americana foi de R$ 2,175. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou valendo R$ 2,184 (+0,05%). Desde sexta-feira passada, quando o Departamento de Trabalho dos EUA informou que houve a criação de 113 mil vagas em julho, abaixo da expectativa de 150 mil vagas, havia crescido a expectativa sobre uma pausa no ciclo de alta dos juros na reunião deste mês. No entanto, a forte subida do petróleo hoje, por causa de problemas com poços no Alasca e também da escalada dos conflitos no Oriente Médio, eleva a dúvida sobre a interrupção no aperto monetário amanhã. "Considerando a persistente pressão inflacionária, o aumento dos preços futuros do petróleo e os sinais de desaquecimento da economia norte-americana, o mercado teme que os Estados Unidos já possam estar convivendo com uma estagflação", comentou um operador. Por isso, os investidores redobram a cautela diante das incertezas sobre o rumo dos juros e o tom do comunicado do Fed. O leilão do Banco Central no fim da primeira parte dos negócios contribuiu, em parte, para a subida do dólar à tarde, disse um operador. No leilão, a autoridade aceitou nove propostas à taxa de corte de R$ 2,180 - equivalente ao preço da moeda norte-americana durante o leilão. Segundo um operador, foram apresentadas 21 propostas com taxas de R$ 2,1797 a R$ 2,1838.

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