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Dólar comercial opera com declínio

 Moeda americana abriu em baixa de 0,28%, cotado a R$ 1,80

Por Cristina Canas (Broadcast) e da
Atualização:

O dólar comercial abriu em baixa de 0,28% hoje nas negociações no mercado interbancário de câmbio, cotado a R$ 1,80. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu o dia em queda de 0,33%, negociado a R$ 1,799. A última semana de fevereiro tem agenda carregada, mas hoje não há destaques e o mercado ainda deve apresentar-se volátil e influenciado por informações dos últimos dias, quando o destaque foi a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) de elevar a taxa do redesconto, que surpreendeu analistas. A medida foi encarada como um passo rumo ao aperto monetário dos EUA e seguiu-se a outras decisões tomadas na China, que sinalizam na mesma direção: a alta de juros. Por isso, os investidores estão atentos a novidades no exterior e sensíveis aos indicadores dos países desenvolvidos e da China. No Brasil não é diferente. Ainda que esteja de olho no ambiente internacional e oscile com ele, o mercado doméstico de câmbio não se acanhou na semana passada. Continuou na direção de devolver ao real a força que ele perdeu durante janeiro. No acumulado dos três últimos pregões, o dólar caiu 3,11%.Os operadores apontam dois motivos para essa trajetória do dólar ante o real, que muitas vezes representa o descolamento em relação ao exterior: o desmonte de posições compradas (aposta na alta da moeda norte-americana) dos investidores estrangeiros em contratos futuros de dólar e entradas líquidas de recursos. E acreditam que isso pode continuar.As entradas de dólares estão sendo atribuídas, principalmente, ao segmento financeiro onde, depois do ajuste feito pelos investidores estrangeiros no início do ano, as entradas de dinheiro estariam sendo retomadas, mirando, entre outras coisas, a retomada do movimento de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). E tem ainda o segmento comercial, onde o câmbio contratado antecipadamente mais do que dobrou quando o dólar ultrapassou R$ 1,80, de meados de janeiro para cá. No cenário doméstico, os destaques para o câmbio nesta semana são os dados de transações correntes, que saem amanhã.

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