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Dólar comercial sobe

Hoje, a ata do Copom é forte no sentido de alertar para os riscos inflacionários, a despeito das medidas complementares à política monetária de restrição ao crédito, adotadas no início do mês

Por Cristina Canas (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,18%, negociado a R$ 1,702 no mercado interbancário de câmbio. às 13h20, a divisa subia 0,29%, a R$ 1,704. No pregão de ontem, a moeda americana subiu 0,35% e foi cotada a R$ 1,699 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista ainda não havia registrado negócios às 10h13 (horário de Brasília). Hoje, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) é forte no sentido de alertar para os riscos inflacionários, a despeito das medidas complementares à política monetária de restrição ao crédito, adotadas no início do mês. Com isso, o mercado tende a reforçar as apostas em uma alta da Selic (a taxa básica de juros da economia) em janeiro, segundo os operadores de câmbio. Isso poderia significar pressão de baixa sobre o dólar. No entanto, a avaliação é de que, com a proximidade do fim do ano, essa influência será imperceptível no pregão de hoje. "O dólar continua sob influência mais forte do cenário externo", afirma um especialista. Na Europa, a reunião da cúpula da União Europeia começa hoje e termina amanhã. O mercado espera que se discuta os problemas de dívida em países da zona do euro e nutre a esperança de que haja uma ampliação da Linha de Estabilidade Financeira Europeia. Também deve estar em debate a criação de um bônus comum europeu - o chamado E-bond.Após as fortes tensões de ontem - que incluíram protestos violentos na Grécia e alertas negativos da Moody''s para a situação da Espanha - o mercado respira aliviado com o fato de o leilão de títulos espanhóis ter sido concluído com sucesso. Ainda assim, a notícia soa apenas como um fator negativo a menos - e não como uma informação positiva. Afinal, o governo da Espanha vendeu 2,401 bilhões de euros em bônus de 10 e 15 anos, mas o yield (retorno ao investidor) médio foi mais alto que o oferecido anteriormente. No Brasil, operadores apostam em um movimento da moeda americana próximo da faixa de estabilidade. "A menos que haja algum fato realmente novo, positivo ou negativo, o dólar deve oscilar pouco para cima ou para baixo, seguindo movimentos operacionais e sem se afastar muito de R$ 1,70 neste final de ano", resume um operador.

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