O dólar comercial abriu o dia estável, mas desde as 10 horas da manhã passou a operar no terreno positivo. Às 16h20, a divisa subia 0,18%, a R$ 1,667.
Em um dia de feriado nos Estados Unidos e de acirramento das tensões no Oriente Médio e no norte da África, o que mais se pode esperar do mercado de moedas é o encolhimento da liquidez. No Brasil, aliás, a liquidez já tem andado limitada, em decorrência da previsibilidade que a política intervencionista do Banco Central (BC) impôs ao comportamento do câmbio.
"Com os leilões constantes do Banco Central, com nível baixo em que o dólar fechou a semana passada e a aversão ao risco que pode decorrer das tensões no exterior, o mercado tem menos a perder se comprar moeda norte-americana esta manhã", afirmou um especialista. No entanto, a influência das tensões geopolíticas é dúbia. Na sexta-feira, a moeda norte-americana foi mundialmente enfraquecida pelas tensões. Hoje, os conflitos puxam o preço do petróleo para cima, o que também pode gerar pressão de baixa no dólar.
No Brasil, hoje o presidente do BC, Alexandre Tombini, participa do seminário "Cenários da Economia Brasileira e Mundial em 2011". O evento também conta com a participação do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. O mercado também vai ficar de olho no fluxo de dólares para o Brasil, tentando monitorar operações de captação externa que estariam em andamento.
(Texto atualizado às 16h20)