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Dólar comercial tem queda

 Dólar comercial tinha baixa de 0,45% a R$ 1,562, às 10h28, nas primeiras transações desta quinta-feira

Por Cristina Canas (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O mercado interbancário de câmbio negocia o dólar comercial em baixa de 0,45% a R$ 1,562, às 10h28, nas primeiras transações desta quinta-feira. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, a moeda está cotada R$ 1,562, queda de 0,61% nas operações de liquidação à vista. O euro comercial registra baixa de 0,22%, a R$ 2,258.O mercado doméstico define hoje a taxa Ptax que será usada na liquidação nos contratos futuros de dólar de julho, amanhã. Os investidores estrangeiros, que habitualmente atuam pesado com esses ativos, estão fortemente vendidos e vêm fazendo movimentações fortes nos últimos pregões, pressionando as taxas do dólar para baixo. Por trás do jogo estão as apostas numa melhora do cenário internacional, mais especificamente na Grécia, e a percepção de que o Brasil continua uma boa opção de investimento, já que tem crescimento econômico acima da média mundial, baixo risco e juro alto.Ontem, o Banco Central fez dois leilões de compra de dólar no mercado à vista, prática que não adotava desde o último dia 3 de junho, quando a mínima do dólar à vista foi de R$ 1,572. A última vez que a moeda norte-americana tinha recuado abaixo de R$ 1,57 foi em 29 de abril.Ainda assim, o mercado não está considerando a possibilidade de novas ações do governo no câmbio. Ao contrário do que ocorreu no primeiro trimestre deste ano, quando a queda da moeda norte-americana estava sendo acompanhada por um forte ingresso de recursos no Brasil, agora, o dólar cai com fluxo negativo. Dados do Banco Central de ontem mostraram que, em junho até o dia 24, as saídas líquidas são de US$ 2,329 bilhões.Já as apostas contra o dólar e a favor do real feitas pelos investidores estrangeiros no mercado futuro de câmbio somavam US$ 22 bilhões no fechamento da BM&F, ontem, dando sequência a uma alta que tem sido diária.Vale lembrar que a percepção de um cenário externo positivo, que alimenta o aumento das apostas no real nos últimos pregões, pode não ser muito estável, apesar de o mercado dar sinais de que não quer pensar nisso no curtíssimo prazo. De novo, hoje, a Grécia tem uma importante decisão a tomar: aprovar a legislação referente ao programa de austeridade fiscal, que inclui um plano de privatizações de 50 bilhões de euros. Mas como isso é uma decorrência do aval que o governo conquistou ontem para o ajuste de mais de 28 bilhões de euros, que foi acertado com a União Europeia e o Fundo Monetário Nacional, o mercado está dando o resultado positivo como certo. Além disso, os investidores estão relevando as dificuldades que ainda haverá pela frente para definir a participação do setor privado no reescalonamento da dívida grega, o que é fundamental para a aprovação do novo financiamento ao país.

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