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Dólar e juros reagem com alta ao superávit do governo central menor em janeiro

Resultado do governo central ficou abaixo do esperado por analistas e da meta para o ano

Por Fernando Travaglini e da Agência Estado
Atualização:

O primeiro relatório das contas públicas divulgado após a promessa do governo de entregar uma economia primária de 1,9% do PIB não ao agradou ao mercado financeiro. Assim que foi conhecido que o superávit primário do Governo Central - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - fechou o mês de janeiro em R$ 12,954 bilhões, o dólar passou a subir e os juros dispararam.O número veio abaixo do piso das estimativas, que iam de R$ 13 bilhões a R$ 23 bilhões. O dado representa uma queda de 50,7% em relação ao obtido no mesmo mês do ano passado e retração de 10,4% em comparação a dezembro de 2013. Enquanto as despesas do Governo Central cresceram 19,5%, as receitas avançaram 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado.Em reação, a taxa do DI para janeiro de 2015 foi a 11,09%, de 10,97% no ajuste de ontem. O contrato para janeiro de 2017 bateu a máxima de 12,30%, de 12,05% na véspera. A inclinação da curva a termo é um indicador de que o dado não foi bem recebido.Depois de se criar uma expectativa positiva com a meta anunciada na semana passada, uma surpresa negativa logo no primeiro relatório levou o mercado a uma reversão de expectativas, refletida na inclinação da curva. No trecho curto, o efeito do fiscal foi de ampliação da possibilidade de apostas em ciclo mais longo de alta de juros, com pelo menos duas novas altas de 0,25 ponto porcentual.O dólar também renovou máxima, após o fiscal. No balcão, a cotação à vista atingiu a máxima de R$ 2,3410 às 11h40 (+0,82%). Na BM&FBovespa, o contrato de dólar para abril registrou máxima a R$ 2,3545 e, às 11h23, subia 0,56%, a R$ 2,3475. O dólar para março de 2014 subiu até R$ 2,3330 e, há pouco, reduzia o ganho a R$ 2,3295 (+0,41%).O superávit de janeiro afetou ainda a Bolsa. Depois de se firmar em baixa sob influência da revisão em baixa do PIB dos Estados Unidos, o pregão doméstico acentuou a queda com o número fiscal. Às 11h33, o Ibovespa marcava perda de 0,47%, aos 47.385 pontos. A realização é conduzida pelas ações de Petrobras e Vale, além de CSN, mas o sinal negativo vindo do exterior também pesa. As bolsas em Nova York iniciaram o dia em direções opostas, com o S&P 500 em leve alta (0,04%) e o Dow Jones perdendo espaço (-0,05%).

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