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Dólar fecha a sexta-feira em baixa, mas sobe 0,80% na semana

Moeda encerrou o dia com queda de 0,67%, cotada a R$ 2,677

Por Silvana Rocha
Atualização:

São Paulo - O mercado de câmbio quase parou durante a tarde, após a movimentação da manhã com a rolagem de contratos futuros. Os agentes financeiros com posições cambiais vendidas (bancos e fundos nacionais) pressionaram o dólar para baixo na primeira parte da sessão, principalmente nos horários cheios, quando o Banco Central fazia a coleta de taxa para a formação da Ptax diária. A liquidez um pouco menor nos mercados hoje, combinada com o viés mais negativo do dólar frente a divisas ligadas a commodities no exterior, favoreceu o recuo da moeda à vista, após abrir com ligeira alta. O dólar à vista encerrou a sexta-feira com queda de 0,67%, cotado a R$ 2,6770. Na sessão, oscilou da máxima de R$ 2,6960 (+0,04%) - registrada na abertura - à mínima de R$ 2,6740 (-0,78%) por volta das 11h, quando o BC fazia a segunda - de um total de quatro - tomada de taxa para formação da Ptax diária. Com o resultado, a moeda no balcão passou a acumular alta de 4,29% em dezembro e de 13,62% no acumulado do ano. Na semana, a valorização foi de 0,80%.

Moeda encerrou o dia com queda de 0,67%, cotada a R$ 2,677 Foto: Morgue File

No mercado futuro, às 16h30 o dólar para janeiro de 2015 recuava 0,78%, a R$ 2,6780, com um giro financeiro movimentado de cerca de US$ 7,58 bilhões. Esse contrato oscilou de R$ 2,6760 (-0,85%) a R$ 2,6995 (+0,02%). O declínio do dólar e, por tabela, da Ptax (que fechou no início da tarde em baixa de 0,07%, a R$ 2,6812), interessa aos "vendidos" em câmbio (bancos e fundos nacionais), porque apostaram no recuo da moeda. Mas se hoje e na última quarta-feira a queda do dólar beneficiou esses players, vale lembrar que neste mês até a terça-feira, dia 23, o dólar vinha em alta quase contínua, que favoreceu os "comprados", por meio de uma antecipação do fortalecimento do dólar à vista e também da Ptax. No dia 23, o dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 2,7070. As expectativas agora se voltam para o fim da disputa sobre a Ptax final de 2014, na próxima terça-feira, e principalmente o anúncio, até o dia 31, das condições para o programa de swap cambial em 2015. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que entrou em férias hoje e vai até o próximo dia 31, disse na semana passada que as condições desses leilões devem ser anunciadas em breve e que os volumes das ofertas diárias poderão variar de US$ 50 milhões até US$ 200 milhões.

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