O dólar comercial fechou nesta quarta-feira, 27, em alta de 0,88%, a R$ 1,720, na cotação máxima do dia. No pregão de ontem, a moeda norte-americana avançou 0,29%, cotada a R$ 1,705 no fechamento.
O clima de cautela em relação à decisão que o mercado espera do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), de afrouxamento monetário, continua nesta quarta. Há semanas os investidores vêm negociando na expectativa de ações do banco central norte-americano para incentivar a economia e, agora, o temor é que a antecipação das medidas tenha sido exagerada.
"As discussões sobre o dólar aqui e no exterior permanecem e os investidores vão continuar apreensivos", afirmou um especialista. Nesse sentido, hoje três países emergentes vieram a público expor preocupação com a questão cambial: Filipinas, Coreia e Cingapura.
Nas Filipinas, o banco central está intervindo no câmbio para "preservar o valor do peso de modo que oscile dentro de uma banda específica", disse o presidente do país, Benigno Aquino, em entrevista a agências internacionais. Já na Coreia e em Cingapura a ação não começou, mas é iminente. O presidente do banco central da Coreia do Sul, Kim Choong-soo, disse que o governo precisa preparar medidas para lidar com eventuais problemas decorrentes da forte entrada de recursos no país. Por sua vez, o banco central de Cingapura informou que poderá intervir no câmbio para controlar a valorização da moeda local, destacando que a Ásia enfrenta riscos provenientes do aumento do fluxo de capital para a região.
Diante disso e da percepção de que o governo brasileiro também está atento e disposto a novas intervenções, o mercado doméstico de câmbio "é mais de compra do que de venda", segundo operadores. "O mercado vai acompanhar o exterior, com um olho no fluxo nos próximos dias", completou um profissional.
(Texto atualizado às 1636