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Dólar interrompe alta e começa o dia abaixo de R$ 2,20

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de trabalhar boa parte da quarta-feira pressionado, ainda refletindo a troca de comando no Ministério da Fazenda e a alta de juros nos EUA, o mercado de câmbio desacelerou um pouco a valorização do dólar no final do dia e abre a quinta-feira devolvendo a alta de ontem. Às 9h23, o primeiro negócio fechado no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foi à taxa de R$ 2,193 por dólar, o que representa uma queda de 0,94% em relação ao fechamento de ontem. No mercado à vista (de balcão), o dólar comercial também abriu o dia em baixa, negociado a R$ 2,192 (-0,99%). Ao longo do dia, vários fatores serão monitorados pelo mercado e podem impactar no andamento das cotações. Um deles é o vencimento dos contratos futuros de dólar de abril, amanhã, na BM&F. Os investidores podem antecipar a pressão pela formação da Ptax (dólar de referência do Banco Central) e puxar as cotações para cima - a maioria dos vencimentos têm investidores comprados (que apostam na alta do dólar). Além disso, há vários indicadores que serão conhecidos hoje, e serão observados juntamente com os novos desdobramentos da substituição de Antonio Palocci por Guido Mantega na Fazenda. Esta troca não foi totalmente digerida pelo mercado, mesmo depois de o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ter sido reconfirmado à frente da instituição e o presidente Lula reforçado seu status de ministro de governo e autonomia. Outros mercados, como bolsa e juros, se acalmaram ontem, mas o mercado cambial segue mais sensível. Para alguns especialistas, Mantega terá uma passagem breve pela Fazenda. Mesmo assim, as mudanças que pode fazer na equipe preocupam, mais do que alterações na política econômica, já que há consenso de que não há prazo até o final do ano para isso. A permanência de Meirelles no cargo, e com mais poder, é, assim, a garantia para os investidores de que a visão de Antonio Palocci continua com um representante no governo. Além do cenário político, o mercado também pode repercutir a leva de indicadores previstos para esta quinta-feira. Pela manhã, já foi divulgado o IGP-M de março, que surpreendeu e registrou deflação de 0,23%, bem abaixo das projeções dos especialistas consultados pela Agência Estado (-0,12% a 0%). Também pela manhã saiu o relatório trimestral de inflação, que reviu para 3,6% a expectativa para a inflação apurada pelo IPCA (usada pelo governo para fixar as metas). No documento anterior, este índice estava em 3,7% este ano. Para o PIB, a projeção de crescimento para 2006 se manteve em 4%.

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