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Dólar fecha em queda de 0,60% com EUA e ajuste fiscal no radar

Expectativa quanto à reunião do Banco Central americano e decisões no cenário político brasileiro influenciam moeda americana, que termina sessão cotada a R$ 3,8330

Por Claudia Violante
Atualização:
Decisão do Fed,nos EUA, pode afetar o câmbio no Brasil Foto: PAULO VITOR/ESTADÃO

Atualizado às 17h03

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SÃO PAULO - A expectativa em relação ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que nesta quinta-feira decide a política monetária nos Estados Unidos, fez com que o dólar trabalhasse em queda no mercado externo e tal comportamento se refletiu no Brasil. O noticiário político também foi observado e, apesar de ainda inspirar cautela, os investidores acabaram gostando dos rumores de que o ministro-chefe da casa Civil, Aloizio Mercadante, pode acabar deixando a Pasta. Nesse cenário, o dólar terminou a sessão em queda de 0,60%, a R$ 3,8330.

Na mínima, marcou R$ 3,8190 e, na máxima, R$ 3,86. No mês, acumula alta de 5,51% e, no ano, de 44,37%. No mercado futuro, a moeda para outubro recuava 0,81%, a R$ 3,8535. 

A divisa seguiu, no Brasil, a mesma trajetória exibida no exterior, num dia de cautela pré-Fed. Dados mistos sobre a economia norte-americana reforçaram as apostas de que o BC dos Estados Unidos pode demorar um pouco mais para dar início ao aperto monetário no país. 

Além disso, o noticiário político doméstico foi monitorado nas mesas. Contribuíram para a queda das cotações a volta dos rumores de que Aloizio Mercadante pode deixar a Casa Civil, na reforma que o governo pretende fazer para enxugar o quadro ministerial. Ele é muito criticado pelo trato difícil com os parlamentares e por ter sido um dos defensores da proposta de Orçamento deficitário - que acabou antecipando a perda do grau de investimento do Brasil pela Standard & Poor's. 

Os dados do fluxo cambial não chegaram a fazer preço, mas chega a ser curioso o resultado da semana passada. Houve saída de US$ 860 milhões, dos quais a maior parte ocorreu na terça-feira (8), com US$ 560 milhões, um dia antes de a agência de classificação de risco rebaixar a nota brasileira. No mês até o dia 11, o fluxo cambial acumula saída de US$ 517 milhões e, no ano até a mesma data, tem entrada de US$ 10,758 bilhões. 

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