SÃO PAULO - Por volta das 10h20, no mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,12%, cotado a R$ 2,5860. Após abrir em alta, a moeda norte-americana oscila diante do viés positivo generalizado no exterior e das indefinições no governo brasileiro sobre ministros, além da aprovação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do projeto de lei que flexibiliza a meta do superávit primário do governo central.
No exterior, o ritmo é de compasso de espera pela ata da reunião de outubro do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), após o documento do último encontro de política monetária do Banco Central da Inglaterra (BoE) mostrar alguns riscos de a inflação britânica superar a meta anual de 2,0%, se o desemprego continuar recuando.
Agora, o foco dos investidores se volta para Brasília, onde o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, dá início aos trabalhos para elaborar medidas de estímulo ao setor industrial. A estratégia do Planalto é de ofuscar os impactos negativos das investigações da Operação Lava Jato, que mantêm a Petrobrás nos holofotes, e preparar uma agenda "positiva", contando ainda com a divulgação de novos ministros, a começar pela Fazenda.
Ao mesmo tempo, as declarações feitas ontem à tarde pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, ainda ecoam nos negócios locais hoje, após ele enfatizar que o "programa de swap cambial vai continuar nos termos já anunciados até 31 de dezembro" e dizer também que o BC considera, em seus cenários, uma política fiscal neutra em 2015.
No exterior, a expectativa recai na ata da reunião de política monetária do Federal Reserve realizada nos dias 28 e 29 de outubro, que será divulgada às 17 horas. A expectativa é de que o documento poderá trazer pistas sobre o rumo da condução das taxas de juros nos Estados Unidos, após o fim da terceira rodada do programa de recompra de ativos.