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Dólar oscila em baixa ante o real alinhado com exterior

Investidores aguardam divulgação da ata do FED e no mercado interno, a decisão do Copom para a Selic

Por Silvana Rocha e da Agência Estado
Atualização:

O dólar abriu em baixa ante o real, alinhado com o desempenho negativo da moeda norte-americana no exterior antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve e do discurso do seu presidente Ben Bernanke, ambos previstos para a tarde.

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O dólar à vista começou a sessão cotado a R$ 2,2620 (-0,09%) e, em seguida, a moeda testou uma máxima, a R$ 2,2640 (estável). Às 9h29, a moeda spot recuava a R$ 2,2630 (-0,04%) no balcão.

No mercado futuro, no mesmo horário, o contrato de dólar com vencimento em 1º de agosto estava cotado a R$ 2,2720 (-0,18%), após iniciar os negócios a R$ 2,2710 (-0,22%). Esse vencimento da moeda dos EUA já oscilou entre uma mínima de R$ 2,270 (-0,26%) e uma máxima, de R$ 2,2765 (+0,02%).

A expectativa de operadores de câmbio é de que a moeda norte-americana poderá testar o campo positivo ante o real ao longo da sessão. Os investidores no mercado interno também aguardam a decisão de política monetária do Banco Central brasileiro, que será anunciada após o fechamento dos mercados doméstico. A expectativa majoritária no mercado financeiro é de o ritmo de alta da Selic será mantido em 0,50 ponto porcentual, levando a taxa básica para o patamar de 8,50% ao ano - terceira elevação consecutiva. A dúvida dos especialistas refere-se aos próximos passos do BC e qual será o peso dado pela autoridade à aparente desaceleração do crescimento brasileiro e às mudanças na perspectiva econômica mundial.

Em clima de espera, os agentes de câmbio vão operar sob cautela, disse um operador de tesouraria de um grande banco nacional. Para a fonte, a divulgação às 11 horas dos dados sobre estoques e vendas no atacado em maio nos Estados Unidos já poderá mexer com o sentimento dos investidores em âmbito mundial. As projeções dos economistas do mercado para os estoques é de +0,3%, ante um resultado do dado em abril de +0,2%. No caso das vendas, o resultado de abril ficou em +2,9%.

Por enquanto, as principais moedas correlacionadas a commodities estão levando vantagem ante o dólar no exterior, devido a um movimento de realização de ganhos recentes com a moeda norte-americana, que vem se valorizando apoiada na perspectiva de início da redução de estímulos nos Estados Unidos em setembro deste ano. Não fossem esses ajustes de posições antes do discurso de Ben Bernanke, o cenário poderia ser outro, disse o gerente de câmbio de uma corretora.

Na zona do euro, a moeda única do bloco econômico oscila perto da estabilidade, com ligeiro viés de baixa, após a agência Standard & Poor's rebaixar o rating da Itália, citando a deterioração das perspectivas econômicas do país. Ontem, o membro do Banco Central Europeu, Jörg Asmussen, também afirmou que a zona do euro poderá ficar com sua política acomodatícia por um período superior a um ano.

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Em Nova York, às 9h40, o euro estava a US$ 1,2816, de US$ 1,2820 no fim da tarde de ontem. O dólar recuava a 100,25 ienes, de 101,18 ienes na véspera. A moeda norte-americana caía ante o dólar australiano (-0,21%), o dólar canadense (-0,10%), o peso chileno (-0,29%), a rupia indiana (-0,71%), o peso mexicano (-0,07%).

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