PUBLICIDADE

Publicidade

Dólar reduz alta e fecha a R$ 3,48 após ata do Federal Reserve

Na percepção do mercado, apesar de sinais divergentes no documento, o início do aperto dos juros nos EUA pode demorar um pouco mais do que o esperado

Por Claudia Violante
Atualização:

Atualizado às 17h11

PUBLICIDADE

SÃO PAULO - O dólar terminou a sessão desta quarta-feira, 19, em alta de 0,40%, a R$ 3,4810, mas fechou longe das máximas vistas durante o dia. A moeda perdeu força após a divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos. O documento criou a percepção entre agentes do mercado de que o início do aperto dos juros no país pode demorar um pouco mais do que o esperado.

Assim, logo após o anúncio do documento, o dólar perdeu forças ante outras moedas, como o euro, o iene e o real. Antes do Fed, o dólar à vista estava acima dos R$ 3,50 e a cotação no mercado futuro superava os R$ 3,51.

Ata do Fed pautou o mercado financeiro nesta quarta-feira Foto: Chaiwat Subprasom/Reuters

A divisa exibiu na maior parte do dia trajetória de valorização, renovando as máximas antes da divulgação da ata do Fed, quando muitos profissionais se posicionaram à espera de um documento que sinalizasse o início do aperto monetário em setembro. 

O documento, entretanto, além de não trazer essa sinalização, deu a entender que é mais provável que o início do aperto monetário seja adiado. Assim, muitos investidores desmontaram posições e o dólar perdeu força. 

Segundo a ata, alguns dos dirigentes mostram-se preocupados em agir prematuramente e sem ferramentas para lidar com os choques de baixa para a economia. Também viram riscos de baixa para a economia diante de acontecimentos do exterior, particularmente da China.

Houve, também, dirigentes que sugeriram que se evite uma hesitação. Eles argumentaram que uma alta nos juros pode levar confiança ao mundo sobre a perspectiva econômica e que o Fed precisava agir, em reconhecimento do progresso da economia norte-americana, que já caminha para a normalidade.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.