Publicidade

Dólar renova mínima com Bernanke, mas Mantega segura

Por Olivia Bulla
Atualização:

A indicação do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que segue em aberto a possibilidade de estímulos adicionais à economia dos Estados Unidos fez com que o dólar renovasse sucessivamente as cotações mínimas nesta sexta-feira em relação ao real, à medida que o apetite ao risco embalava os mercados financeiros. Porém, a reiteração, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo brasileiro vai manter a indústria nacional competitiva, acompanhada de um número fraco do Produto Interno Bruto (PIB) do País, limita a queda.Por volta das 11h30, o dólar à vista era negociado na cotação mínima da manhã, em queda de 0,59%, a R$ 2,034 no balcão, depois de subir 0,15%, a R$ 2,049, na máxima exibida pela manhã. O movimento acompanhou a reação dos negócios ao discurso de Bernanke, que deixou poucas dúvidas de que o Fed está disposto a adotar novas medidas. Às 11h35, em Nova York, os índices Dow Jones e S&P 500 subiam 0,81% e 0,62%, ao passo que o juro da T-note de 2 anos caía a 0,231%, de 0,258% no fim da tarde de quinta-feira. Em contrapartida, ressaltou um operador da mesa de câmbio de uma corretora paulista, as declarações de Mantega, de que o governo vai manter a indústria brasileira competitiva reduz o ímpeto da queda da moeda norte-americana, bem como a proximidade do vencimento de cerca de US$ 4 bilhões em swap tradicional na segunda-feira (3). Segundo o ministro, o cenário para a indústria vai melhorar nos próximos trimestres por causa do real desvalorizado. Mais cedo, o IBGE anunciou números fracos do PIB do País no trimestre passado, cujos resultados vieram abaixo do esperado, tanto na comparação trimestral quanto anual.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.