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Dólar sobe após revisão de perspectiva de rating do País

A moeda dos EUA fechou em alta de 0,66%, a R$ 2,1360, acumulando queda de 0,51% no mês e alta de 4,45% no ano

Por Fabrício de Castro e da Agência Estado
Atualização:

O rebaixamento da perspectiva de rating do Brasil, anunciado na noite passada pela agência Standard & Poor''s (S&P), conduziu a alta do dólar ante o real nesta sexta-feira, 7. O avanço da moeda norte-americana no exterior, ante boa parte das divisas com elevada correlação com commodities, também contribuiu para o movimento, assim como os comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sinalizando que o governo rejeita novas medidas para controlar a depreciação do real frente ao dólar. Neste cenário, o dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 0,66%, a R$ 2,1360. A moeda operou em alta durante todo o dia. Na cotação máxima, registrada às 9h56, marcou R$ 2,1520 (+1,41%) e, na mínima, às 11h46, atingiu R$ 2,1240 (+0,09%). No mês, a moeda acumula recuo de 0,51% e, no ano, elevação de 4,45%. Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,001 bilhões. O dólar pronto da BM&F teve alta de 0,38%, para R$ 2,1380, com apenas 25 negócios. No mercado futuro, o dólar para julho era cotado a R$ 2,1440, em alta de 0,14%.A S&P rebaixou a perspectiva do rating de longo prazo em moeda estrangeira BBB do Brasil de estável para negativa. A perspectiva do rating de longo prazo em moeda local A- também foi rebaixada de estável para negativa. A agência justificou as alterações citando o crescimento lento e a política fiscal expansionista, que podem enfraquecer o perfil financeiro do País."O foco foi o rating da S&P e o cenário externo. Mas até que nossa moeda está melhor, porque a possibilidade de o Banco Central atuar acaba segurando um pouco a alta do dólar", comentou um operador da mesa de câmbio de um grande banco. No fim da manhã, Mantega afirmou que "estaremos sempre atentos para não permitir volatilidade excessiva no câmbio". Além disso, disse que "alguma volatilidade tem, porque o câmbio é flutuante e esse é o melhor regime". O ministro também minimizou o fraco impacto da retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das operações de renda fixa feitas por estrangeiros. "O objetivo não é afetar o câmbio no curto prazo. Hoje o fluxo está bem comportado. Aquela enxurrada de capitais que havia no passado não existe mais. Agora temos entrada muito menor na renda fixa e na variável."

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