PUBLICIDADE

Dólar sobe com exterior e após dados internos ruins

No mercado à vista, a moeda norte-americana terminou a sessão cotada a R$ 2,2220, com alta de 0,68%

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, 15, em linha com a tendência de fortalecimento da divisa norte-americana no exterior. A decepção com o PIB da zona do euro no primeiro trimestre pressionou a moeda comum europeia e levou junto moedas emergentes e ligadas a commodities. Ao mesmo tempo, indicadores ruins sobre a atividade econômica no Brasil tiraram força do real, assim como um dado de inflação baixa, que diminui a possibilidade de uma nova alta de juros.O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2220, com alta de 0,68%. Por volta das 16h30, o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,20 bilhão. No mercado futuro, o dólar para junho avançava 0,81%, a R$ 2,2310. O volume de negociação estava em quase US$ 15,24 bilhões.A economia da zona do euro teve desempenho mais fraco que o esperado no primeiro trimestre de 2014. Dados publicados hoje pela Eurostat mostram que o PIB do bloco cresceu 0,2% de janeiro a março ante o trimestre imediatamente anterior. Analistas consultados pela Dow Jones Newswires previam alta maior, de 0,4%. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,7% em abril ante o mesmo mês do ano passado, bem abaixo da meta, definida como ao redor de 2%. Isso sugere que o Banco Central Europeu (BCE) deve mesmo adotar mais medidas de estímulo na reunião do próximo mês, o que pressionou o euro.No noticiário doméstico, a FGV informou que a inflação de maio medida pelo IGP-10 subiu 0,13%, desacelerando-se ante a alta de 1,19% verificada em abril. O resultado ficou dentro das estimativas de analistas ouvidos pelo AE Projeções, mas abaixo da mediana, de 0,29%. Já o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista recuaram 0,5% em março ante fevereiro, o pior resultado para o setor, no conceito restrito, desde maio de 2012, e contrariando a previsão mediana de estabilidade.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.