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Dólar sobe na BM&F, seguindo juro dos títulos dos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

As incertezas demonstradas no mercado norte-americano dos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos devem continuar afetando o comportamento do mercado doméstico de câmbio, interferindo nas definições das taxas. Na abertura dos negócios, a moeda norte-americana no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) subia 0,07% a R$ 2,076, acompanhando a elevação das taxas dos EUA. Por volta das 9 horas, o juro do papel de 10 anos mostrava alta de 0,54% para 5,1531%. Mas os investidores continuarão avaliando detalhadamente cada um dos indicadores da economia norte-americana e as conseqüentes oscilações que eles vierem a provocar nos diferentes ativos financeiros, tendendo a segui-las. O destaque de hoje, nessa agenda, é o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana até 29 de abril, a produtividade da mão-de-obra (preliminar) do primeiro trimestre e o custo da mão-de-obra (preliminar) do primeiro trimestre (9h30). Serão divulgados ainda, nos EUA, os dados do nível dos estoques de gás natural na semana até 29 de abril (11h30). No Brasil, o assunto de maior relevância é a reunião entre Lula e os presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Néstor Kirchner. Eles discutirão a situação da crise criada pela decisão de Morales de nacionalizar as operações de gás e petróleo bolivianos. O encontro ocorrerá em Puerto Iguazú e, apesar dessa crise não ter provocado movimentos significativos nos mercados até o momento, o assunto será monitorado pelos analistas e investidores. Vale lembrar que a avaliação doméstica ainda é de fluxo positivo de dólares no médio prazo e isso deve sustentar a prevalência da tendência de queda da moeda norte-americana, embora altas pontuais possam ficar cada vez mais comuns. Para essas valorizações, além da volatilidade dos juros norte-americanos podem pesar fatos ocorridos recentemente. Um deles é a comprovada alta de importações. Esse, aliás, é um dos responsáveis pela redução do fluxo cambial positivo em abril - para somente US$ 609 milhões - que é o segundo fato recente a trazer maior cautela para o mercado de câmbio. Hoje, também há as notícias sobre o corte de funcionários que deve ser feito na Volks e que foi atribuído, pela direção da empresa no Brasil, à taxa de câmbio. Esse fato, no entanto, deve ser ponderado pelo mercado visto que a empresa passa por uma reestruturação global e não só no País.

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