
27 Maio 2015 | 12h41
SÃO PAULO - O real teve um respiro ante o dólar nesta quarta-feira, 27, depois da moeda americana cravar quatro sessões seguidas de alta, mas devolvendo pouco da valorização de 4,89% acumulada neste período. O sinal negativo foi confirmado a partir da última hora de negócios, refletindo ajustes técnicos de posição, em meio também à perda de fôlego do dólar no exterior.
No balcão, a moeda à vista terminou em R$ 3,145 (-0,22%), oscilando da máxima de R$ 3,184 (+1,02%) à mínima de 3,144 (-0,25%).
O dólar passou a maior parte da sessão em alta, acompanhando a tendência externa e contrariando a expectativa de um alívio após a aprovação, ontem, da Medida Provisória 665, que aperta regras para concessão de benefícios trabalhistas, como auxílio-desemprego e abono salarial.
As supostas divergências entre os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, também continuaram pesando nos negócios na primeira etapa. Sobre o assunto, a presidente Dilma Rousseff negou haver conflito. Segundo ela, a posição de ambos no governo é "extremamente estável". "Nunca houve, desde o momento em que eles assumiram as suas funções, nenhum problema com eles", afirmou.
No meio da tarde, a moeda atingiu níveis interessantes para uma realização de lucros, atraindo os vendedores e também players reduzindo posições compradas no mercado futuro, o que culminou na inversão do sinal positivo. O alívio foi, porém, limitado, pois há votações importantes das demais MPs do ajuste fiscal no Congresso esperadas para hoje.
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