Publicidade

Dólar vai na contramão do mercado externo e recua

Maior otimismo com vendas no varejo dos EUA, mais falta de perspectiva de solução para crise da zona do euro impulsionaram moeda

Por Silvana Rocha e da Agência Estado
Atualização:

O dólar no mercado doméstico descolou-se hoje da alta da divisa americana no exterior, que resultou do maior otimismo com as vendas no varejo nos Estados Unidos a partir desta Black Friday e da falta de perspectiva de solução para a crise europeia. Após uma manhã de forte volatilidade, o dólar à vista operou ao redor da estabilidade durante à tarde e fechou com leves baixas: de 0,16%, a R$ 1,8850 no balcão, e de 0,31%, a R$ 1,8880 na BM&F. Na semana, a divisa no balcão saltou 5,72%; no mês acumula alta de 11,28%; e no ano, +13,28%. O comportamento da moeda ao longo da manhã - entre a máxima na abertura de R$ 1,9130 (+1,32%) no balcão e a mínima às 13 horas de R$ 1,8750 (-0,69%) - refletiu um movimento de realização de lucros provocado pela sinalização de "ajuste moderado na taxa Selic" dado ontem à noite pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em evento da Febraban.As declarações da autoridade monetária provocaram a readequação de posições cambiais, em sintonia com a corrida vista no mercado de juros para devolução de prêmios embutidos ontem em meio a apostas de corte mais profundo, de 0,75 ponto porcentual, da taxa Selic na próxima semana devido ao agravamento da crise externa. "Com a indicação oficial de continuidade de cortes de 0,50 ponto porcentual na Selic, os agentes financeiros devolveram os excessos de ontem, quando o dólar à vista testou o patamar de R$ 1,90 e o DI janeiro de 2012 caiu para 10,86%", disse um operador de uma corretora.Em meio à forte oscilação, o volume negociado cresceu. O giro registrado até às 16h52 na clearing de câmbio somava US$ 2,509 bilhões (US$ 2,208 bilhões em D+2). No mercado futuro, até às 16h50, o dólar dezembro girou sozinho cerca de US$ 13,719 bilhões, de um total de US$ 14,023 bilhões movimentado com quatro vencimentos de dólar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.