Publicidade

Dólar volta a subir com exterior e fecha a R$ 3,88

Moeda americana subiu 0,7% nesta quinta-feira, 13, após registrar queda em dois dias seguidos

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:

Após dois dias de queda, o dólar voltou a subir e terminou a quinta-feira, 13, em R$ 3,8840, com alta de 0,67%. Em dia de menor volume de negócios aqui, o câmbio foi influenciado pelos movimentos no mercado externo, com o dólar ganhando força entre moedas de emergentes, como o peso mexicano, argentino e o rand da África do Sul e moedas de países desenvolvidos, sobretudo o euro, após o Banco Central Europeu (BCE) reduzir previsões de crescimento para a zona do euro.

PUBLICIDADE

Também contribuiu para a valorização da moeda americana a tendência de redução do diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos, após o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizar ba quarta-feira que não planeja subir a Selic tão cedo. 

Já o Índice Bovespa teve nesta quinta-feira sua terceira alta consecutiva, mas sem grandes entusiasmos. Após um pregão de liquidez reduzida e noticiário escasso, o índice brasileiro fechou aos 87.837,59 pontos, praticamente na máxima do dia, em alta de 0,99%. Os negócios somaram R$ 10,7 bilhões. Mesmo com a terceira alta, o índice ainda contabiliza perda de 0,31% no acumulado da semana e de 1,86% em dezembro.

Alta do dólar foi influenciadapelos movimentos no mercado externo. Foto: Public Domain

Com os juros dos Estados Unidos subindo este mês e seguindo em alta ao longo de 2019, o diferencial com o Brasil se estreita, o que tira a atratividade do país para o investidor internacional. O Citi não prevê elevação dos juros brasileiros em 2019 e avalia que, após a reunião do Copom, analistas vão seguir reduzindo suas estimativas de alta da Selic. O Santander só prevê alta na segunda metade de 2020. Ao mesmo tempo, bancos como o Deutsche Bank e o Morgan Stanley preveem três elevações de juros pelo Federal Reserve em 2019. 

Além da redução do diferencial de juros, também pesou hoje no câmbio a continuidade de remessas de recursos para o exterior. Os estrategistas do JPMorgan observam que empresas seguiram enviando capital para fora em nível consistente ao visto nos primeiros dias do mês. Dados do Banco Central mostram que somente até o dia 7, houve saída de US$ 2 bilhões pelo canal financeiro. 

Os estrangeiros reduziram a posição comprada em dólar no mercado futuro em cerca de US$ 800 milhões na quarta-feira, dia em que o dólar caiu 1,42%, segundo dados da B3. Mas nesta quinta-feira, operadores ressaltam que estas posições voltaram a subir. O estoque atual em posições compradas está em US$ 40 bilhões, nível semelhante ao de momentos de maior cautela antes das eleições.

O Société Générale prevê o dólar começando o ano na casa dos R$ 3,90, com tendência a chegar ao nível de R$ 4,05 em meados do ano. / COM PAULA DIAS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.